Maratona de Pequim, na China, volta a ser realizada após dois anos - Gazeta Esportiva
Maratona de Pequim, na China, volta a ser realizada após dois anos

Maratona de Pequim, na China, volta a ser realizada após dois anos

Gazeta Esportiva

Por AFP

06/11/2022 às 12:17

São Paulo, SP

Cerca de 30 mil corredores, alguns com máscara, participaram neste domingo da primeira Maratona de Pequim, na China, desde 2019, após dois anos de suspensão devido à pandemia do novo coronavírus. Com uma bandeira chinesa na mão, ou uma peruca rosa, os participantes iniciaram a corrida da Praça Tiananmen (Praça da Paz Celestial), em clima de festa.

Centenas de espectadores se reuniram ao longo do percurso para torcer pelos corredores, sob um céu nublado e ar levemente poluído. Este foi o primeiro grande evento esportivo na capital chinesa desde os Jogos Olímpicos de Inverno, realizados em fevereiro deste ano. "Hoje (domingo) realizei meu grande sonho", comentou à AFP Gao Lixiang, um dos participantes, que começou a treinar para a maratona durante a pandemia.

Quase três anos após a descoberta do vírus da covid-19 em Wuhan (região central da China), Pequim mantém sua política rígida de combate ao vírus, com confinamentos rigorosos, quarentenas e testes massivos. Por esta razão, apenas pessoas locais puderam participar da prova, ao contrário das edições anteriores, que atraíam corredores estrangeiros.

Alguns corredores usaram máscara durante toda a corrida, que foi vencida por Anubaike Kuwan em 2 horas, 14 minutos e 34 segundos. Este atleta é originário de Xinjiang, uma região do noroeste da China.

Foto: Jade Gao/AFP


A maratona ia ser retomada no ano passado, mas acabou sendo cancelada para evitar novos surtos de covid-19 antes dos Jogos de Pequim-2022. A política de "zero covid" da China cortou os contatos do país com o resto do mundo desde 2020, a fim de limitar os contágios por pessoas vindas do exterior.

Esta situação interrompeu as tentativas do país de organizar grandes eventos esportivos e forçou o cancelamento de torneios como o GP de Fórmula 1, em Xangai, e competições de golfe e tênis, bem como os campeonatos mundiais de basquete ou atletismo.

Nos últimos dias, a China registrou seu maior número de infecções por covid-19 desde maio e isso apesar da política inflexível de "zero covid". No entanto, o número de casos no gigante país asiático ainda é muito menor do que no resto do mundo.

Neste domingo, mais de 4 mil novos casos foram registrados em todo o país, 49 deles em Pequim. A China tem 1,4 bilhão de habitantes.

Várias maratonas planejadas para este mês estão sendo realizadas, incluindo a de Xangai, marcada para o próximo dia 27. Será o primeiro grande evento esportivo na cidade desde o confinamento de dois meses na primavera boreal passada.

Conteúdo Patrocinado