Gazeta Esportiva

Atletismo do Brasil mostra evolução no Mundial do Oregon

O Brasil mostrou evolução na disputa do Campeonato Mundial de Atletismo do Oregon, encerrado neste domingo, em Eugene, nos Estados Unidos.

(Foto: Carol Coelho/CBAt)

O Brasil mostrou evolução na disputa do Campeonato Mundial de Atletismo do Oregon, encerrado neste domingo, no Estádio Hayward Field, na cidade de Eugene, nos Estados Unidos. Em Doha, em 2019, por exemplo, a Seleção não obteve medalhas, enquanto na edição de 2022 a equipe ganhou duas medalhas e acumulou mais pontos e fez mais finais.

Em Eugene, com a participação de 57 atletas, 23 mulheres e 34 homens, o Brasil fez dez finais, contra seis de Doha. Além disso, a seleção teve como grande destaque individual o paulista Alison dos Santos, que conquistou a medalha de ouro nos 400 m com barreiras, com 46s29, novo recorde do campeonato, sul-americano, brasileiro e o terceiro melhor tempo no ranking histórico da World Athletics da prova.

Piu, como é conhecido, conseguiu a segunda medalha de ouro do País e a 14ª em Campeonatos Mundiais. Agora, o Brasil tem duas medalhas de ouro, seis de prata e seis de bronze. A primeira de ouro foi conquistada por Fabiana Murer, campeã do salto com vara em Daegu, na Coreia do Sul, em 2011.

O Brasil teve ainda uma grande surpresa: a catarinense Letícia Oro Melo assegurou a medalha de bronze no salto em distância, com 6,89 m, melhor resultado de sua vida, depois de entrar na final com a última vaga na qualificação. Ela garantiu a 15ª medalha brasileira na competição.

Os brasileiros ainda voltaram pra casa com mais um recorde sul-americano, de Vitória Rosa, nos 200 m, e dois brasileiros, de Viviane Lyra e Caio Bonfim, ambos nos 35 km da marcha atlética.

A seleção conseguiu também a melhor campanha em Mundiais de Atletismo em outro quesito. A equipe somou 34 pontos nos 10 dias de competição. A melhor campanha anterior havia sido alcançada no Mundial de Sevilha, em 1999, com 26 pontos e três medalhas: prata com Claudinei Quirino, nos 200 m, e com Sanderlei Parrela, nos 400 m, e o bronze com o 4×100 m formado por Raphael de Oliveira, Claudinei Quirino, Edson Luciano Ribeiro e André Domingos.

O segundo melhor resultado era de Doha, em 2019, em que o Brasil não conquistou medalhas, mas teve destaques com os quartos lugares obtidos por Érica Sena, nos 20 km da marcha atlética, Darlan Romani, no arremesso do peso, e o revezamento masculino do 4×100 m, terminando com 25 pontos.

“Estamos avaliando o nível técnico do atletismo brasileiro na maior competição da nossa modalidade e levantando dados e considerações fundamentais para a continuidade da preparação dos atletas do Brasil para os Jogos de Paris em 2024”, comentou Jorge Bichara, diretor técnico da Confederação Brasileira de Atletismo.

“A gente fecha com 10 atletas disputando finais entre os oito melhores do Mundial, o que para nós é muito significativo, além dos seis que chegaram às semifinais. Os números são importantes e favoráveis no caminho do desenvolvimento do desempenho dos atletas”, disse Claudio Castilho, CEO da Confederação Brasileira de Atletismo, secretário-geral da delegação do Brasil em Eugene e representante do presidente do Conselho de Administração Wlamir Motta Campos nas reuniões da World Athletics. “Com as avaliações do desempenho do Brasil no Mundial poderemos investir nos atletas que apresentam evolução e desenvolvimento a caminho, principalmente, das medalhas”.

O Atletismo do Brasil em Mundiais

São 15 medalhas: dois ouros, seis pratas e sete bronzes.

No Mundial do Oregon

Finais e Top-8 em provas de rua

Alison dos Santos – 400 m com barreiras – 46s29 (recorde sul-americano)
Letícia Oro Melo – salto em distância – 6,89 m
Thiago Braz – salto com vara – 5,87 m
Darlan Romani – arremesso do peso – 21,92 m
Caio Bonfim – 20 km marcha – 1h19min51
Almir dos Santos – salto triplo – 16s87
Rodrigo do Nascimento, Felipe Bardi, Derick Souza e Erik Barbosa – 4×100 m – 38.25
Caio Bonfim – 35 km marcha – 2h25min14s (recorde brasileiro)
Viviane Lyra – 35 km marcha – 2h45mini03s (recorde brasileiro)
Daniel do Nascimento – maratona – 2h07mins35s

Atletas que avançaram às semifinais
Rafael Pereira – 110 m com barreiras
Eduardo de Deus – 110 m com barreiras
Vitória Rosa – 200 m –  22s47 (recorde sul-americano)
Tabata Vitorino – 400 m
Rodrigo do Nascimento – 100 m
Erik Cardoso – 100 m

Letícia Oro Melo também obteve o recorde pessoal  na final do salto em distância, com 6,89 m, assim como Alison dos Santos nos 400 m com barreiras e Vitória Rosa nos 200 m.

Conseguiram as melhores marcas da temporada: Lucas Vilar, nas eliminatórias dos 200 m, com 20s65; o 4×400 m misto (Douglas Mendes, Tiffani Marinho, Vitor Hugo de Miranda e Tabata Vitorino), com 3min18s19; Altobeli Silva, nos 5.000 m, com 13min43s80; e o 4×100 m masculino (Rodrigo do Nascimento, Felipe Bardi, Derick Souza e Erik Barbosa), com 38s25.

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