Em entrevista no estande da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) na COB Expo, a marchadora comentou sobre os seus planos para dar sequência à evolução que apresentou nos últimos anos. "Descansei, mas já voltei a treinar com foco total para o Mundial de Atletismo no ano que vem", afirmou.
Viviane Lyra já tem índice para os 20km da marcha atlética, mas também vai buscar a marca mínima exigida pela World Athletics para os 35km, prova mais longa e sua preferida.
"Estou muito feliz por ter essa prova no programa, vim de provas longas e gosto muito. Será a primeira vez que os 35km vem primeiro no programa do Mundial, antes dos 20km. Como tem um período grande de dias entre as provas, é possível fazer uma boa recuperação", declarou a atleta, recordista brasileira dos 35km, com 2h44min40s e também nos 20.000m em pista (1h30min38s3).
Viviane também analisou sua temporada e classificou o ano de 2024 como "muito incrível": "Eu evolui muito nas minhas marcas e cada experiência, cada prova, foi muito importante. E apesar de tudo, fomos quinto no Mundial e sétimos na Olimpíada no revezamento de maratona. Estou muito orgulhosa de todo esse processo", apontou a marchadora, que foi 18ª nos 20km olímpico, com tempo de 1h30min31s.
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"Apesar de as coisas não terem saído do jeito que a gente espera, em algumas situações, como foi no Mundial de Antalya (Turquia), mas eu tiro muito proveito de tudo o que passei durante a temporada", complementou Lyra.
Num recorte da temporada de 2024, a marchadora destaca o resultado de La Coruña (Espanha). "Foi me fortalecendo e eu ter feito a marca de 1h27min13s em La Coruña. Me mostrou o quanto sou capaz de estar ali brigando. Me deixou feliz, confiante e sabendo que posso ir além. Em cada momento encontro um ponto ou outro para melhorar", revelou.
A atleta ainda destacou que sentiu muito orgulho por ser marchadora do Brasil e afirmou que a medalha de prata conquistada por Caio Bonfim em Paris trouxe mais visibilidade para a prova - o reconhecimento de um trabalho de muitos anos.
"O Caio está no quarto ciclo, entrando no quinto ciclo olímpico, foi muito merecido. Todos os atletas estão evoluindo. Foi um momento muito marcante para a marcha, para o atletismo e o melhor foi a gente chegar no Brasil e receber todo o carinho das pessoas. As crianças perguntando como faz marcha. É muito gratificante", disse.
Nutricionista com pacientes esperando o seu retorno, Viviane Lyra ainda não sabe se será possível conciliar a atividade profissional com os treinamentos. "Tudo vai depender dos apoios que vou ter. Ainda não decidi, mas quero me dedicar totalmente ao ciclo de 2028", concluiu.