O surfe brasileiro, definitivamente, vive seu auge a partir da conquista mundial de Gabriel Medina. Se o atual campeão segue despercebido, outros brasileiros andam roubando a cena tanto na WSL – principal divisão do surfe – quanto no WQS. Neste fim de semana, foi a vez de Filipe Toledo vencer a etapa de Trestles, na Califórnia, e comemorar seu segundo título em quatro competições disputadas. A vitória deixou Toledo na segunda posição do ranking do WQS, liderado por Alejo Muniz.
Na final do qualifying de San Clemente, Filipe Toledo superou o francês Jeremy Flores, abusando dos aéreos para somar 16,30 contra 13,70 pontos do adversário. Com os 10 mil pontos pela conquista, Filipe adentrou ao top 10 do WQS e agora aparece na segunda posição. Argentino naturalizado brasileiro, Alejo Muniz assumiu a liderança da competição apesar de ter sido eliminado nas oitavas de final.
Após os compatriotas Miguel Pupo e Gabriel Medina terem vencido a etapa, em 2011 e 2012, respectivamente, foi a vez de Filipe Toledo conquistar o título surfando “em casa”, já que mora em San Clemente, na Califórnia. “Estava muito animado por poder ficar com minha família e meus amigos aqui. Sinto uma energia muito boa quando estou com eles e acho que isso me deixou relaxado. Me senti confortável e confiante para fazer as manobras e minhas pranchas também estavam incríveis”, disse.
A primeira vitória de Filipe Toledo no ano aconteceu na etapa de abertura da WSL, em Gold Coast, na Austrália. O título na Oceania deu ao brasileiro a chance de liderar o ranking pela primeira vez. Após vencer a última etapa do Circuito, em Margaret River, também na Austrália, o compatriota Adriano Souza, o Mineirinho, assumiu a ponta do ranking com 24,500 pontos, seguido por Mick Fanning, com 16,590 e Filipe Toledo, com 15,700. Atual campeão, Gabriel Medina aparece apenas em 16º lugar, com 7,450 pontos somados.
“O título mundial é o que definitivamente está na minha cabeça esse ano e eu mal posso esperar para conseguir a camisa amarela (de líder do ranking) de volta. O campeonato no Brasil certamente vai ser incrível, com um grande público para nos apoiar, principalmente depois do título do Gabriel (Medina) ano passado. Vai ser uma loucura e não vejo a hora que chegue o evento, é muito bom competir no Brasil”, comentou Filipe, que se prepara para a disputa do Oi Rio Pro, quarta etapa do Circuito Mundial, a ser realizada no Rio de Janeiro entre 11 e 22 de maio.