“Nasci para ser uma guerreira”. Foi com essa frase que Maria Sharapova, vencedora de cinco Grand Slams de tênis, finalizou sua entrevista no programa “Charlie Rose”, da televisão americana, na noite desta terça-feira. A russa, que teve sua punição por doping reduzida pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) para 15 meses, falou sobre a decisão e a substância que a levou ao afastamento das quadras.
Sharapova explicou que fazia uso de meldonium (substância banida em janeiro de 2026) desde os 18 anos, e que ficou chocada quando recebeu um e-mail da Federação Internacional de Tênis (ITF) avisando-a que havia sido pega em um exame antidoping, realizado durante o Aberto da Austrália deste ano.
“Pensei: ‘como eu não sabia disso?’. Existiam muitas maneiras para que eu me informasse e eu simplesmente não fiz isso. Tive muito tempo para pensar no assunto, me tornei mais confortável para expor que estava usando uma substância que era completamente legal”, afirmou.
Perguntada sobre o meldonium aumentar a performance, ela foi enfática. “Absolutamente não. Eu sei como é comum. É parte de uma lista comum e vital de medicamentos na Rússia, junto do ibuprofeno. Lá, ele é tomado como uma simples aspirina. Quando comecei a tomar, foi sob supervisão do meu médico, e foi assim que fiz por anos”, declarou Sharapova.
A russa também comentou a suspensão que a ITF planejava impor após o exame antidoping. De acordo com a tenista, apesar da pena inicial ser de 24 meses, a federação pretendia aumentá-la para quatro anos de afastamento.
“Quando fui a audiência da ITF, em Londres, estava em frente a uma corte escolhida pela própria federação. As pessoas a quem eu me dirigia eram representantes daquelas contra quem eu estava me defendendo. Isso não é um julgamento neutro. O CAS é neutro, e por isso me foi concedida essa redução”, disparou a russa.
Após a redução de pena da Corte Arbitral do Esporte, Maria Sharapova poderá voltar a competir em 26 de abril de 2017, 15 meses após ser pega no exame antidoping (realizado em 26 de janeiro).
