Gazeta Esportiva

Ana Moser pede apoio a seu instituto e garante retorno às empresas

A ex-jogadora de vôlei Ana Moser é uma das principais defensoras das melhorias do esporte no Brasil. Ativa na luta pela evolução da prática de atividades físicas no País, ela é criadora e presidente do Instituto Esporte & Educação.

Lutando por maior apoio ao seu projeto, a catarinense de 49 anos escreveu artigo sugerindo apoio de empresas ao seu instituto. Para tentar convencer os investidores, ela citou números relacionados aos grupos que já contribuem.

De acordo com Moser, além do fato de trabalhar com uma causa de responsabilidade social, que deveria ser missão de uma empresa, independentemente do aspecto financeiro, os ganhos monetários também existem.

“O IEE, por exemplo, conseguiu dar de retorno para seus parceiros, apenas nos oito primeiros meses do ano, mais de R$ 2,8 milhões. Em 2016, esse valor foi de R$ 6,813 milhões. Esses valores são calculados de acordo com o espaço conquistado pelo Instituto na imprensa nacional, com a divulgação do seu trabalho e ações”, escreve.

Ana Moser é ativa na luta pelo crescimento esportivo no Brasil (Foto: Luiz Doro/adorofoto)

O Instituto Esporte & Educação foi criado em 2001 e, ao longo dos 16 anos de existência, já trabalhou com mais de três milhões de crianças brasileiras, além de ter capacitado 35 mil professores que trabalham com esporte educacional.

Confira o artigo completo de Ana Moser:

O esporte brasileiro vive dias de muitos questionamentos e necessidade de mudanças, com muitos desafios pela frente, em todos os níveis. A minha visão sobre os benefícios que o esporte traz para a sociedade vai muito mais além do que quadros de medalhas. Acredito que todas as pessoas têm que ter direito ao acesso à prática do esporte e ao desenvolvimento das suas capacidades pessoais, físicas e mentais, conforme falam a Constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente.

O Brasil tem um enorme potencial e tenho certeza de que pode um dia chegar a ser considerado uma potência esportiva. Porém, esse dia só chegará quando tivermos uma população ativa e saudável, a qual atua dentro de uma cultura do dia a dia de práticas esportivas. Esse é um dos desafios do Instituto Esporte & Educação (IEE), criado por mim em 2001, e que, ao longo desses 16 anos, já atendeu, direta e indiretamente, mais de 3 milhões de crianças e jovens pelo país, além de ter capacitado em esporte educ acional mais de 35 mil professores.

Todo esse trabalho contínuo, diário e ininterrupto só é possível porque existem empresas que estão dispostas a investir no IEE, no Terceiro Setor. Se o esporte dependesse apenas dos recursos que o governo disponibiliza, estaríamos muito pior. Em alguns orçamentos, a pasta do Esporte recebe menos de 1% do valor total. Bilhões de reais por ano na saúde poderiam ser economizados se a atividade esportiva estivesse no cotidiano dos brasileiros.

Investir e se associar com uma entidade do Terceiro Setor, que busca o bem-estar social, tentando suprir carências da população em diversas áreas, pode trazer muitos benefícios para as empresas. Além de se comprometer com a responsabilidade social, que é – ou deveria ser – muito importante para os valores e missão de uma companhia, o investidor ainda ganha com o retorno gerado pelo trabalho da instituição apoiada.

O IEE, por exemplo, conseguiu dar de retorno para seus parceiros, apenas nos oito primeiros meses do ano, mais de R$ 2,8 milhões. Em 2016, esse valor foi de R$ 6,813 milhões. Esses valores são calculados de acordo com o espaço conquistado pelo Instituto na imprensa nacional, com a divulgação do seu trabalho e ações e, consequentemente, dos seus parceiros e patrocinadores dos projetos. São valores grandes, principalmente considerando o atual estado da crise no país.

Ao longo dos anos, foram mais de 80 empresas que resolveram apostar no IEE e no Terceiro Setor e viram como investir na área traz benefícios para todos, principalmente para a população.

Nesses 16 anos já avançamos muito, mas ainda falta um longo caminho a percorrer para chegarmos onde devemos estar. Porém, se essa caminhada é feita em parceria, ela tem muito mais chances de se tornar menor e o destino final, lá na frente, ser alcançado: um melhor futuro para o esporte e para o país.

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