A caminho do 10º Pan, Cláudio Biekarck espera "subir na escadinha" em Lima - Gazeta Esportiva
A caminho do 10º Pan, Cláudio Biekarck espera "subir na escadinha" em Lima

A caminho do 10º Pan, Cláudio Biekarck espera "subir na escadinha" em Lima

Gazeta Esportiva

Por Redação

22/07/2019 às 08:00

São Paulo, SP

Os Jogos Pan-Americanos de Lima, disputados entre os dias 26 de julho e 11 de agosto, serão o 10º de Cláudio Biekarck como velejador. Dono de nove medalhas no peito (um ouro, três pratas e cinco bronzes), o atleta de 68 anos espera, em sua provável última participação no torneio, subir ao pódio para coroar uma história de conquistas que pode, ainda, render um recorde.

Caso conquiste medalha em Lima, no Peru, Biekarck, irá aumentar sua marca como o atleta com o maior número de participações nos Jogos Pan Americanos entre todas as modalidades e países e, ao mesmo tempo, torná-lo o medalhista mais velho da competição. Os recordes, no entanto, não o motivam, diferentemente do amor pela vela, que move sua continuidade.

Cláudio Biekarck irá disputar seu 10º Pan (Foto: Sergio Barzaghi/gazeta Press)


"Eu não penso muito nisso. O prazer de estar na disputa é o mais importante. Bater recordes, ser o mais velho a vencer e conquistar medalha não me importa muito. O que me move é o gosto pela vela", disse Cláudio em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, onde também explicou que a presença de um barco próprio pode facilitar a vida da equipe.

"Será o segundo Pan que a gente leva um barco próprio, o que é muito bom. Temos uma expectativa grande de que o barco faça diferença, porque quando o barco é alugado tem um período de adaptação. Por isso a expectativa é boa e o objetivo é, acima de tudo, subir na escadinha. A posição é o de menos, tanto faz, porque depende da circunstância do momento", completou.

Aos 68 anos, o experiente velejador soma medalhas de ouro em Caracas (1983), prata na Cidade do México (1975), Mar del Plata (1995), e em Winnipeg (1999), e os bronzes em Indianápolis (1987), Havana (1991), no Rio de Janeiro (2007), em Guadalajara (2011) e Toronto (2015). Ao longo das nove participações, no entanto, apenas a primeira é considerada pelo atleta "diferente", mas a última a mais marcante.

"A primeira participação é a mais diferente. As outras oito acabam sendo meio parecidas. A expectativa, a preparação, é bem parecida, assim como será para esse 10º, que acredito que será o último. Acho que a hora que Lima acabar a sensação vai ser diferente de todas as outras, porque é o fim de uma fase importante da minha vida", explicou

"A última participação foi a que mais me marcou. Antes do último dia de regatas a gente estava em uma situação de estar mais próximo de não trazer medalha do que de trazer. Mas no último dia conseguimos trazer a medalha. Foi um momento de satisfação muito grande. Além dessa, o Pan que a gente tirou ouro. A dourada é sempre diferente das outras", finalizou Cláudio Biekarck.

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