Gazeta Esportiva

Triste por deixar cargo no México, Herrera se desculpa através de carta

Mesmo após conquistar a Copa Ouro no fim de semana com vitória sobre a Jamaica, Miguel Herrera foi desligado da seleção mexicana na última terça, após 37 partidas no comando. O técnico não resistiu às polêmicas que circundaram seu nome por conta de um entrevero com jornalistas, durante a volta ao México após o torneio. Por meio de uma carta divulgada nesta quarta, o técnico se desculpou com os mexicanos.

Um vídeo gravado pelo El Universal flagrou a correria no saguão do Aeroporto Internacional da Filadélfia, e na filmagem é possível notar a ação violenta de Herrera contra o comentarista Christian Martinoli, que estava ao lado de Luis García, ex-jogador, ambos comentaristas da TV Azteca. Os dois eram conhecidos na imprensa por serem críticos ao trabalho de Herrera à frente do México.

“Quero oferecer uma desculpa pública à torcida, ao corpo técnico, aos jogadores, à diretoria, à Federação Mexicana e à imprensa pela minha conduta no doloroso acidente que tive com um comentarista. Está claro para mim que esta não é a atitude que um treinador de seleção nacional deve tomar, apesar de ter recebido todo tipo de ofensa com relação a mim e a minha família”, escreveu.

Miguel Herrera se desculpa por agressão a jornalista e pensa em aproveitar família (Foto:Yuri Cortez/AFP)

Prevendo agora aproveitar o tempo para curtir sua família, o treinador de 47 anos, que assumiu a seleção mexicana em novembro de 2013, mostrou-se triste pelo ocorrido, ainda mais logo após a conquista de um título. “Me entristece profundamente deixar o cargo de técnico da seleção por essa lamentável causa, já que os resultados esportivos foram, em sua maioria, positivos dentro dos objetivos traçados”, comentou.

O presidente da Federação Mexicana de Futebol, Decio de Maria, admitiu, na coletiva em que comunicou a demissão de Herrera, que “os valores e princípios estão por cima de qualquer resultado”. “Os resultados não podem se sobrepor ao nosso estatuto, regulamentos e à liberdade de expressão. Ser técnico da seleção nacional é um orgulho para quem tenha responsabilidade”, declarou.

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