Os dois aviões se encontravam desde 2014 em um hangar militar no centro do país, na cidade de Cochabamba. Os dois Avro Regional Jet 85 estavam em manutenção. Após uma inspeção, a procuradoria "ordenou o confisco" das aeronaves, conforme comunicado da Força Aérea.
"Estas aeronaves estão agora à disposição do Ministério Público, dentro da investigação", disse Jacqueline Ponce, promotora, aos veículos de imprensa. Os aviões foram confiscados "como elementos relacionados com o crime ou como produto do crime" e é provável que sirvam "para o pagamento de prejuízos", explicou.
Ponce ainda afirmou que o Ministério Público investiga os coproprietários da Lamia e uma funcionária do órgão de controle de voos do país, que questionou o plano de voo do avião antes do acidente na Colômbia por "abandono do dever, abuso de influência, desastres no meio de transporte, homicídio, homicídio culposo, lesões gravíssimas e lesões culposas", completou.
Promotores da Bolívia, Brasil e Colômbia estiveram reunidos nesta quarta em Santa Cruz de la Sierra, para compartilhar informações, analisar os próximos passos nas investigações e constituir uma comissão para trabalhar em conjunto.
O diretor-geral da Lamia, Gustavo Vargas Gamboa, além de uma secretária e um funcionário da companhia foram presas na terça-feira e ficarão detidos à espera de uma audiência preliminar. Vargas chegou a ser internado para uma avaliação, mas foi levado para a prisão após ser liberado.
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A FAB também informou que já deu início a um processo penal contra a Lamia por uma dívida equivalente a cerca de US$ 48,2 mil por serviços de manutenção prestados entre abril e outubro de 2014.