Contratado no início da última temporada, Marcelo Bielsa era bancado pela diretoria do Olympique de Marselha para dirigir o time nesta que se inicia agora. Mas, após a estreia do Campeonato Francês, derrota por 1 a 0 em casa para o Caen, o argentino decidiu pedir demissão, dizendo que não confiava mais nos dirigentes do clube. O presidente da agremiação, Vincent Labrune, reagiu rapidamente e criticou o técnico.
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“Estou, claro, como todos os torcedores do Olympique, decepcionado pela decisão que Bielsa tomou”, disse o mandatário, que ainda comentou a carta pública de demissão, através da qual o treinador de 60 anos disse que uma mudança posterior após as duas partes já terem acertado os termos de sua extensão contratual por mais dois anos (até o meio de 2017) o incomodou e ocasionou a perda de confiança.
“Há apenas duas semanas havíamos acertado a extensão de seu contrato. Tenho dificuldades para entender como uma simples reunião para discutir detalhes do contrato possa causar essa decisão”, comentou.
Em comunicado oficial, a diretoria do clube foi ainda mais incisiva, dizendo que o treinador “coloca seus interesses pessoais acima dos da instituição”. Interinamente, o ex-meia e atual auxiliar Franck Passi assumirá a função de técnico da equipe marselhesa.
“O Olympique não pode ser, de nenhuma maneira, prisioneiro dos requisitos de alguém que põe seus interesses pessoais muito acima dos da instituição”, alfinetou o clube.
Diante de especulações de que poderia assumir a seleção do México, país no qual já treinou o América e o Atlas, Bielsa garantiu que não engatará nenhum trabalho novo e aproveitará o momento para retornar à Argentina.