Osmar Loss pede criação de equipe sub-23 para não perder talentos - Gazeta Esportiva
Osmar Loss pede criação de equipe sub-23 para não perder talentos

Osmar Loss pede criação de equipe sub-23 para não perder talentos

Gazeta Esportiva

Por Tomás Rosolino

26/01/2017 às 07:28

São Paulo, SP



Com o final da Copa São Paulo de Futebol Júnior, cinco jogadores da equipe sub-20 do Corinthians já não tem mais como jogar nas categorias de base do clube. Os zagueiros Vinícius Dell'Amore e Thiago, o volante Guilherme Mantuan, o meia Marquinhos e o atacante Carlinhos, todos nascidos em 1997, "estouram" os 20 anos neste ano e, mesmo se não estiverem prontos para o profissional, terão de tentar a sorte ou no time de cima do Corinthians ou em outros clubes.

A situação, que acompanha o técnico Osmar Loss há alguns anos, fez com que o treinador formulasse uma teoria sobre o aproveitamento dos atletas. Mesmo sem gostar de utilizar a palavra "pronto" para definir quem pode vingar no futebol, o treinador disse que os clubes deveriam manter uma categoria sub-23 em seus quadros, uma acima do limite atual da base.

"Essa palavra pronto me incomoda. A gente cansa de ver jogadores que estavam na base dos grandes clubes, não conseguem ir bem em um primeiro momento, saem para clubes menores e só aí voltam, aos 24, 25 anos de idade. O Corinthians devia investir mesmo até os 23 anos. Neymar, Pato, Willian, esses sim desde cedo dá para contar, mas tem uns que desabrocham mais tarde", avaliou Loss.




Para o comandante, finalista das últimas quatro edições da Copinha, com dois títulos conquistados, Loss é presença certa na comissão técnica da equipe profissional, a pedido de Fábio Carille. Incomodado com alguns questionamentos recentes, que apontam para um mau aproveitamento da base no Timão, ele negou que seu objetivo principal seja ser campeão com os garotos. Mas defendeu que títulos também são importantes.

"Eu acho que na categoria de base, falando em conquista, tem um paradigma muito grande. Não é a busca principal, mas de fato um time pode conquistar e formar jogadores. Uma boa formação trará conquistas. Quando a gente chega como no ano passado, quando a campanha foi brilhante como essa, mas perdemos nos pênaltis, aí parece que tudo deu errado. A conquista serve como um ponto de exclamação para a campanha", observou, explicando o que pode ser feito com os jogadores já no final das categorias de base.

"Nós temos jogadores buscando a ambidestria porque é melhor errar com a perna certa. Uma hora, lá na frente, vai ser necessário. Tem que diminuir a deficiência deles. O talento pouco vai mudar aos 20 anos, mas tem que corrigir o máximo de defeitos. É um revelador  O jogador não se torna melhor em termos de talento, ele já era bom, mas pode ser aperfeiçoado", concluiu.

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