Preso político que lutou contra apartheid indica candidatura à Fifa - Gazeta Esportiva
Preso político que lutou contra apartheid indica candidatura à Fifa

Preso político que lutou contra apartheid indica candidatura à Fifa

Gazeta Esportiva

Por Redação

24/10/2015 às 17:50 • Atualizado: 24/10/2015 às 18:28

São Paulo, SP

Companheiro de Mandela na prisão busca apoio às vésperas do prazo final para candidatura (Foto: Divulgação)
Companheiro de Mandela na prisão busca apoio às vésperas do prazo final para candidatura (Foto: Divulgação)


O continente africano, que possui o maior número de federações filiadas à Fifa, e era tido como um dos principais 'currais eleitorais' de Joseph Blatter nos últimos tempos, pode ser aquele com maior número de representantes na corrida eleitoral pela presidência da Fifa, que terá novo dono a partir de 26 de fevereiro de 2016. Após Musa Bility, presidente da Federação Liberiana de Futebol, indicar a intenção de se candidatar, agora foi a vez de um ex-preso político, que lutou contra o apartheid, e se tornou um homem de negócios bem sucedido se dispor a concorrer.

Aos 62 anos, Tokyo Sexwale é um empresário multimilionário que atua como conselheiro anti racismo na Fifa. A dois dias do fim do prazo para a oficialização das candidaturas, data que antecede em quatro meses o dia da eleição presidencial, o sul-africano manifestou a vontade de disputar o cargo e agora terá um tempo curto para buscar o apoio de cinco federações. A Confederação Sul-africana de Futebol já garantiu respaldo ao empresário.

Além de Sexwale, que permaneceu recluso como preso político durante mais de duas décadas, criando laços com Nelson Mandela - que em 1994 se tornaria o primeiro presidente eleito pelo voto universal na África do Sul após anos de intensa e violenta segregação racial -, outros quatro candidatos já estão garantidos na disputa.

São eles Michel Platini, que teve a campanha comprometida pela suspensão imposta pelo Comitê de Ética da Fifa, o príncipe Ali Bin Al Hussein, que concorreu com Blatter em maio; o ex-oficial da Fifa Jérôme Champagne e David Nakhid, de Trinidad e Tobago. O prazo final para a inscrição das candidaturas à presidência da Fifa é dia 26 de outubro, segunda-feira.

Os ex-jogadores Zico e Maradona, que já haviam manifestado a vontade de concorrer ao cargo para encabeçar esse processo de reforma na maior entidade do futebol mundial, seguem buscando apoio das federações para oficializarem a candidatura, o que pode ser feito até segunda-feira. Já o sul-coreano Chung Mong-joon, que já tinha formalizado o pedido, precisou abdicar da corrida eleitoral após ser banido de qualquer atividade ligada à Fifa por seis anos.

 

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