O futebol europeu mais uma vez protagonizou cenas lamentáveis de racismo e nazismo. A partida entre Bulgária e Inglaterra, em Sofia, pelas Eliminatórias da Eurocopa-2020, precisou ser paralisada por conta de cantos racistas e saudações nazistas provenientes das arquibancadas, nesta segunda-feira.
No início do primeiro tempo, quando o time inglês dominava as ações do jogo, o zagueiro Tyrone Mings ouviu imitações de macaco e avisou seu treinador, Gareth Southgate. Imediatamente o técnico comunicou o quarto árbitro, que, por protocolo da Uefa, paralisou o encontro. Os auto-falantes do estádio advertiram os torcedores e o jogo foi retomado.
People say San Marino are the worst team in world football.
No.
That accolade belongs to Bulgaria and their fans #BULENG pic.twitter.com/eThxgfPebL— Michael (@AriboAribo79) 14 de outubro de 2019
Ivelin Popov, capitão do time búlgaro, chegou a conversar com alguns torcedores, pedindo o fim da manifestação.
O futebol fez justiça. A Inglaterra acabou vencendo a partida por 6 a 0 e calou todos.
Após o jogo, Sterling e Rashford, também negros e hostilizados, foram às redes sociais se posicionar sobre o acontecido.
“Sentindo pena da Bulgária ser representada por esses idiotas em seu estádio… Enfim, 6 a 0”, comentou Sterling.
“Não é uma situação fácil de se jogar (…) Também foi dito o que o capitão da Bulgária fez no intervalo. Ficar sozinho e fazer a coisa certa exige coragem e atos como esse não devem passar despercebidos”, disse Rashford, valorizando a ação de Popov.
Atos intolerantes estão virando rotina na Europa nesta temporada. Na última semana, o brasileiro Dalbert, atleta da Fiorentina, foi vítima de racismo pela torcida da Atalanta, no encontro entre as equipes. No próprio futebol italiano, o belga Romelu Lukaku, da Inter de Milão, e o marfinense Franck Kessié, do Milan, também já foram hostilizados.