A morte inesperada de Sahar Khodayari, aos 30 anos, alimentou uma discussão entre futebolistas e autoridades do país. Em todo o território, as mulheres são proibidas de frequentar partidas de futebol, mas podem assistir outros esportes.
A torcedora do Esteghlal estava internada em um hospital de Teerã. Nesta segunda-feira, a "Garota Azul", apelido que recebeu nas redes sociais por sempre utilizar as cores do seu clube do coração, não resistiu aos ferimentos e morreu.
Khodayari teve que se disfarçar de homem para tentar assistir ao jogo. De peruca azul e casaco, a iraniana foi identificada e detida pela polícia nas dependências do estádio. Imediatamente, ela foi levada para uma prisão, onde passou três noites antes de ser liberada.
Conhecido por lutar para que as mulheres do Irã tenham direitos no cenário futebolístico, Ali Karimi, ex-jogador do Bayern de Munique, sugeriu um boicote aos estádios. Além dele, Parvaneh Salahshouri, membra do parlamento e socióloga, demonstrou sua indignação nas redes sociais: "Todos nós somos responsáveis", escreveu.