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Ídolo do Bayern, Matthaus detona Guardiola: “Situação perigosa”

De saída para o futebol inglês, Guardiola será substituído por Carlo Ancelotti no Bayern (foto: Karim Jaafar/AFP)
De saída para o futebol inglês, Guardiola será substituído por Carlo Ancelotti no Bayern (foto: Karim Jaafar/AFP)

A decisão de Pep Guardiola de anunciar ainda em 2015 que não renovará seu contrato com o Bayern de Munique e, portanto, deixará o clube no meio deste ano, suscitou muitas críticas a ele na Europa. Uma das pessoas que não gostou da atitude do técnico espanhol foi o ex-meia Lothar Matthaus, ídolo do time bávaro e da seleção alemã.

“Guardiola pode dizer o que quiser. Mas o planejamento de seu time no Manchester City é muito importante para ele e não permite que fique 100% focado no Bayern de Munique. Esta é uma situação perigosa para se estar. Ele terá meses difíceis em Munique, pois nunca houve ‘amor verdadeiro’ entre Guardiola e seus comandados no Bayern”, escreveu o alemão, agora comentarista, em sua coluna no jornal Bild.

Em sua fala, Matthaus também crava um acerto de Guardiola com o Manchester City, atualmente comandado pelo chileno Manuel Pellegrini. Boa parte da imprensa europeia confia que este será mesmo o destino do treinador espanhol, que já declarou que pretende trabalhar na Inglaterra, mas garante ainda não ter fechado com nenhum clube para a próxima temporada.

Mesmo com “prazo de validade” no comando do time bávaro e sem uma química plena com o elenco, o Bayern do treinador catalão lidera o Campeonato Alemão com oito pontos de diferença para o Borussia Dortmund. Mas, já tendo conquistado duas vezes a Bundesliga, o principal objetivo do técnico é encerrar sua passagem pela Alemanha com título da Liga dos Campeões. Para seguir sonhando com o troféu que levantou duas vezes pelo Barcelona, no entanto, precisará superar a Juventus, da Itália, nas oitavas de final da competição.

Quanto a Matthaus, suas críticas à postura de Guardiola vão de encontro a um polêmico episódio de sua carreira como treinador, iniciada em 2001 no Rapid Viena, da Áustria. Em 2006, o alemão foi contratado para ser técnico do Atlético-PR, mas comandou a equipe – que à época contava com Dagoberto e Michel Bastos – por apenas oito jogos antes de voltar ao seu país natal e encerrar, por correspondência, seu vínculo com o Furacão. Atualmente, o ídolo germânico se diz profundamente arrependido de tal decisão. Seu último trabalho como treinador foi entre 2010 e 2011, na seleção da Bulgária.

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