Federação de futebol dos EUA revisará proibição de se ajoelhar durante hino - Gazeta Esportiva
Federação de futebol dos EUA revisará proibição de se ajoelhar durante hino

Federação de futebol dos EUA revisará proibição de se ajoelhar durante hino

Gazeta Esportiva

Por AFP

08/06/2020 às 18:22

São Paulo, SP

Em meio à onda de indignação contra o racismo, a Federação Americana de Futebol está considerando revogar uma regra controversa que proíbe seus jogadores de protestarem ajoelhando-se sobre um joelho durante o hino, confirmou um porta-voz da entidade à AFP na segunda-feira.

Pouco antes, a rede Espn havia adiantado que a presidente da federação (US Soccer), Cindy Parlow Cone, pediu que essa regra fosse discutida em uma reunião do conselho de administração convocada para terça-feira.

A norma estabelece que os jogadores de futebol devem "ficar de pé respeitosamente" durante a execução do hino nacional antes dos jogos de suas seleções.

A Federação de Futebol dos EUA revisará proibição de se ajoelhar durante hino (Foto: Divulgação/US Soccer)


Esta decisão foi tomada em 2017, logo após a estrela da seleção americana e atual vencedora da Bola de Ouro, Megan Rapinoe, se ajoelhar no gramado durante o hino em solidariedade ao jogador de futebol americano Colin Kaepernick.

O quarterback popularizou esse gesto como um ato de protesto contra o racismo e a desigualdade racial nos Estados Unidos, após a morte de vários afro-americanos desarmados em operações da polícia.

O protesto de Kaepernick, que na época recebeu fortes críticas do presidente Donald Trump e o levou ao ostracismo na NFL, tornou-se um símbolo dos protestos atuais nos Estados Unidos e em outros países contra o assassinato do afro-americano George Floyd por um policial branco de Minneapolis em 25 de maio.

Nos últimos dias, manifestantes e policiais se ajoelharam em alguns desses protestos, assim como jogadores da liga alemã de futebol nas partidas.

O Liverpool também divulgou uma foto de seus jogadores ajoelhados em treinos como uma mensagem de apoio à luta contra o racismo.

A Espn observou que, caso o conselho de administração da federação revogue a regra, a mudança entrará em vigor imediatamente, mas também terá que ser votada na reunião anual da US Soccer no próximo ano.

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