O técnico Paulo Autuori acertou nesta terça-feira o seu desligamento do Cerezo Osaka, clube da segunda divisão japonesa. O treinador, cotado para retornar ao São Paulo na próxima temporada, comunicou seu pedido à direção de sua equipe e não comandou nem o treinamento realizado pelos atletas na parte da tarde. Junto com ele, o preparador físico Gilvan Araújo dos Santos também deixou os japoneses.
O comandante deixa a equipe a apenas uma rodada do encerramento da competição. Em quarto lugar, ele tem vaga praticamente garantida para o mata-mata do torneio, que garante o acesso à elite japonesa. Em pronunciamento colocado no site oficial da equipe, pouco depois da decisão de Autuori, o Cerezo "agradece ao profissional por ter liderado o time nos 41 jogos disputados neste ano".
Dessa forma, ele fica livre para negociar uma possível volta ao Tricolor. Cotado para o cargo desde a demissão de Doriva, ele é tido como um nome de peso, que ajudaria na reconstrução do elenco marcada para 2016, assim como os concorrentes Cuca e Falcão. Sem Rogério Ceni, Luis Fabiano e Alexandre Pato, a diretoria acredita que um nome identificado com o clube e já experiente é essencial.
O histórico de Autuori no clube traz lembranças tão boas quanto más. Em 2005, chegou no meio da Libertadores e conseguiu ser campeão com a equipe montada por Émerson Leão. Depois, foi o líder da conquista do Mundial de Clubes, comandando a equipe na vitória por 1 a 0 sobre o Liverpool.
Depois disso, no entanto, o seu nome passou a não ser visto mais com o mesmo carinho. Em 2013, chegou para tentar ajudar o time na disputa do Brasileiro, mas não conseguiu. Com um aproveitamento de apenas 25% dos pontos, acabou demitido e deixou os são-paulinos na zona de rebaixamento.
