Jogadora de futebol japonesa se apresenta pela primeira vez como homem trans - Gazeta Esportiva
Jogadora de futebol japonesa se apresenta pela primeira vez como homem trans

Jogadora de futebol japonesa se apresenta pela primeira vez como homem trans

Gazeta Esportiva

Por AFP

21/06/2021 às 13:37 • Atualizado: 21/06/2021 às 13:38

São Paulo, SP

A jogadora de futebol japonesa Kumi Yokoyama, que atua no Washington Spirit, dos Estados Unidos, apresentou-se pela primeira vez como um homem trans.

O Japão é considerado mal posicionado em relação a outros países desenvolvidos em termos de reconhecimento dos direitos das pessoas LGBT+. Morar nos Estados Unidos torna mais fácil ser "aberto" sobre sexualidade e gênero, disse Kumi neste fim de semana, em vídeo postado na página do YouTube de sua antiga companheira japonesa Yuki Nagasato, campeã do mundo de 2011 e que também joga nos EUA.

"Recentemente, o termo LGBTQ se tornou corrente no Japão e já aparece na imprensa. Mas acho que, se pessoas como eu não se expressarem, as coisas não vão avançar", afirmou a jogadora de 27 anos.

(Foto: Divulgação/Washington Spirit)


A pressão é forte no Japão para se adaptar às normas de gênero, enquanto a discriminação é menor nos Estados Unidos e na Alemanha, segundo Kumi Yokoyama, que jogou em Frankfurt em 2017-2018. "No início, escondi (a transidentidade) das minhas companheiras, mas elas me disseram que a melhor coisa não era me calar e que eu não era obrigada a permanecer em silêncio sobre isso", acrescentou Kumi.

"Nós apoiamos você e estamos orgulhosas de você, Kumi. Obrigado por mostrar ao mundo que está tudo bem reconhecer você como você é", reagiu seu clube, o Washington Spirit, no Twitter.

No Japão, um projeto de lei contra a discriminação das pessoas LGBT+ terminou não sendo votado na sessão parlamentar encerrada na semana passada, apesar da iminência dos Jogos de Tóquio (23 de julho a 8 de agosto) e da mensagem de tolerância veiculada pelo movimento olímpico.

Nesta segunda-feira, a halterofilista neozelandesa Laurel Hubbard, de 43 anos, tornou-se a primeira atleta abertamente transgênero a ser selecionada por um comitê olímpico nacional para participar das Olimpíadas.

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