A Polícia Federal (PF) cumpriu uma série de mandados na manhã desta quinta-feira referentes à Operação Calicute, uma força tarefa da Operação Lava-jato, investigando crimes de desvio e pagamentos de propina em obras no Rio de Janeiro, entre elas a reforma do estádio do Maracanã para grandes eventos, como os Jogos Pan-Americanos de 2007, além da Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, acabou preso em sua residência.
A ação, em conjunto com Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal do Brasil (RFB), é nomeada de Operação Calicute. Segundo comunicado da PF, foram analisados os crimes de pertencimento à organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, entre outros.
O prejuízo aos cofres do Rio chegaria a R$ 220 milhões. A ação não terá só a prisão de Cabral, assim serão cumpridos 38 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de prisão preventiva, 2 mandados de prisões temporárias e 14 mandados de condução coercitiva expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, bem como 14 mandados de busca e apreensão, 2 mandados de prisão preventiva e 1 mandado de prisão temporária expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba.
As investigações sobre desvios da reforma do Maracanã tiveram como base a delação premiada de executivos da empreiteira Andrade Gutierrez. Para Cabral, governador do Rio até abril de 2014, a propina teria chegado a R$ 60 milhões. O custo total da reforma do estádio para a Copa do Mundo de 2014 foi de R$ 1,2 bilhão.
