Gazeta Esportiva

Em média, clubes do Norte e Centro-Oeste utilizaram 27% do calendário de futebol em 2019

(Foto: Divulgação/Vila Nova)

Os problemas decorrentes da estrutura do futebol brasileiro, como a má utilização do calendário e falta de exploração de potencial, afetam as cinco regiões do país. No entanto, um estudo da Pluri Consultoria indica que as equipes do Norte do Brasil são prejudicados pela logística e falta de profissionalização, enquanto os clubes do Centro-Oeste esbarram no pouco tempo de competições profissionais durante o ano.

Em 2019, Goiás, estado com as equipes mais tradicionais da região Centro-Oeste, foi a 5ª unidade de federação com mais clubes de futebol em atividade. Mesmo assim, foi apenas o 11º na utilização do calendário, com média de 26,7%, número inferior a média nacional de 35%. Setembro foi o único mês em que mais da metade dos times goianos disputaram alguma competição profissional. Em abril, maio, junho, julho e dezembro, menos de 20% das agremiações estiveram em ação.

(Foto: Reprodução/Pluri Consultoria)

Já o Distrito Federal, unidade de federação com 8º maior PIB do país em 2019, contou com apenas dois clubes disputando alguma divisão nacional, ambos na Série D. O estado ficou na 22ª colocação no ranking de utilização do calendário, com média de 19,8%. Enquanto em janeiro, fevereiro, março e agosto, 55% das equipes brasilienses estiveram em atividade, em julho e novembro nenhuma delas disputou algum tipo de competição profissional.

(Foto: Reprodução/Pluri Consultoria)

A situação na região Norte é um pouco diferente. Os clubes são afetados por problemas logísticos em disputas nacionais, já que a maioria das equipes brasileiras está concentrada mais ao sul do país. No entanto, não é só a logística que atrapalha, já que a falta de profissionalização e organização de torneios faz com que o futebol profissional seja privilégio para alguns poucos times que ainda conseguem se manter em um calendário que dura, em média, apenas 24% de sua capacidade, equivalente a menos de 3 meses de atividade por ano.

O Pará, estado que concentra as equipes mais tradicionais da região, foi a 8ª unidade de federação com mais clubes de futebol em atividade em 2019, com 27 ao todo. No entanto, foi o pior em utilização do calendário, com média de 19,3%. Enquanto 70% das equipes paraenses estiveram em atividade em outubro, apenas 11% delas disputaram algum tipo de competição profissional em agosto em setembro. Nenhuma entrou em campo em dezembro.

(Foto: Reprodução/Pluri Consultoria)

Já o Amapá foi o estado com menos clubes profissionais em 2019, apenas cinco, e o 19º em utilização do calendário, com média de 23,9%. Em janeiro, março, abril, setembro, outubro e novembro nenhuma equipe amapaense disputou algum tipo de competição profissional.

(Foto: Reprodução/Pluri Consultoria)
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