Cássio não se vê em rival e quer ficar o "máximo de tempo" no Timão
Por Tomás Rosolino
30/05/2017 às 17:02
São Paulo, SP
O goleiro Cássio é um dos jogadores mais identificados com a torcida corintiana no elenco e já flerta com a possibilidade de levar isso para o resto da sua carreira. Restabelecido como titular da equipe após ser reserva de Walter no segundo semestre do ano passado, o camisa 12 assegurou que não se vê atuando por outro clube de São Paulo, além de dificilmente se enxergar com o uniforme de outro time brasileiro.
"Eu acredito que seria muito difícil jogar em outro time do Brasil, time de São Paulo muito difícil, pela identificação que tenho...", começou o jogador, cauteloso para não dar declarações que possam ser contraditórias no futuro. Recentemente, por exemplo, quando estava como suplente, ele foi procurado pelo Grêmio e só não acertou com o clube gaúcho porque o presidente Roberto de Andrade vetou sua saída.
"Futebol a gente não sabe, amanhã o clube pode não me querer mais. Mas dificilmente o que eu tenho aqui eu vou achar em outro clube", reconheceu o arqueiro, campeão paulista em duas oportunidades, do Brasileiro, da Libertadores, da Recopa e do Mundial de Clubes, currículo que o coloca como um dos maiores vencedores na posição da história do Alvinegro.
Mesmo sem "cravar" sua permanência, Cássio analisou de forma embasada as chances de permanecer por um tempo incomum no Timão. Colocando em jogo sua idade, sua identificação com o Corinthians e a dificuldade em goleiros na casa dos 30 anos serem vendidos à Europa, ele apontou uma longa permanência como um dos seus sonhos no Timão.
"Dependeria de ir para a Europa, alguma coisa, mas eu já tenho 29 anos, a maioria dos goleiros que saem são mais jovens. Tenho um carinho muito grande, respeito muito grande pela instituição. Se for para depender da minha vontade, quero ficar aqui o máximo de tempo possível. Minha meta para agora é isso", concluiu.
Com contrato válido até dezembro de 2019, Cássio já seria o segundo goleiro com maior sequência no time nas últimas décadas, perdendo apenas para Ronaldo Giovanelli. O arqueiro campeão do Brasileiro de 90, dentre outras taças, soma 601 partidas com a camisa do clube, número ainda muito distantes dos atuais 283 jogos de Cássio no Parque São Jorge.