Na ocasião, o time verde-amarelo jogou uma partida contra a Colômbia em homenagem às vítimas do acidente aéreo da Chapecoense, que ocorreu em novembro de 2016. Como não se tratava de data Fifa, apenas atletas que atuavam no futebol brasileiro foram chamados, com Camilo entre eles. Em entrevista à Gazeta Esportiva, o meia relembrou com carinho do dia que vestiu a camisa pentacampeã do mundo.
"Sensação incrível, a melhor possível dentro da minha carreira. Passou um filme na minha cabeça, lembrando todo o sacrifício que eu passei para ser jogador profissional. E eu marco ali também a vitória de várias pessoas que me ajudaram a alcançar esse sonho, minha família, meus representantes que estão comigo há 20 anos, pessoas que me ajudaram no início da carreira, pais, treinadores, companheiros de trabalho. Eu carrego muita gratidão por tudo que ocorreu. Existem vários jogadores disputando e você ser um dos escolhidos é gratificante", declarou.
A partida terminou com vitória brasileira por 1 a 0, com gol de Dudu no primeiro minuto do segundo tempo. Camilo entrou no lugar do camisa 7 palmeirense aos 33 minutos da etapa final e jogou bem no tempo que teve disponível. O jogador se destacou por dar uma caneta em Orlando Berrío, que poucos dias depois assinaria com o Flamengo.
O camisa 10 do Mirassol ainda falou sobre a infância como torcedor do Palmeiras, mesmo tendo nascido no Rio de Janeiro e sendo filho de botafoguense. Ele recordou a tristeza da histórica derrota de virada para o Vasco na Copa Mercosul de 2000, a alegria do título da Libertadores de 1999, além de citar Marcos, Alex, Edmundo e Evair como referências.
"Sou torcedor desde pequeno. Imagina você morar no Rio de Janeiro e torcer para um time paulista. Tinham uns paranaenses que me fizeram ser palmeirense. Em 1995, meu pai tentou me levar para todos os jogos do Botafogo, mas eu já era convicto do que queria. Então, vivi muita coisa. Chorei com a virada do Vasco por 4 a 3 (na Copa Mercosul de 2000), meus amigos no Rio me zoaram bastante. Mas comemorei muito a Copa Libertadores. Marcos e tantos outros jogadores, como Alex, Edmundo, Evair, me fizeram gostar muito do Palmeiras", afirmou.
Camilo também comentou sua participação decisiva em goleadas recentes sofridas pelo Verdão. Ele balançou as redes tanto na vitória do Mirassol por 6 a 2 pelo Paulistão de 2013 quanto no triunfo da Chapecoense por 5 a 1 pelo Campeonato Brasileiro de 2015.
"Carrego muitas coisas boas do clube, mas profissionalmente a gente deixa tudo de lado. Quando jogo contra o Palmeiras, sempre quero dar o meu melhor. Acho que existe muita vontade de vestir a camisa do clube de coração, então acabo fazendo grandes jogos (risos)", disse o jogador, acrescentando que "assinaria com o Palmeiras por três meses, só para ter o gostinho de vestir a camisa".
*especial para a Gazeta Esportiva