Bastos exalta importância de clubes pequenos e reprova cultura de base no Brasil - Gazeta Esportiva
Bastos exalta importância de clubes pequenos e reprova cultura de base no Brasil

Bastos exalta importância de clubes pequenos e reprova cultura de base no Brasil

Gazeta Esportiva

Por Fernanda Zalcman* e José Victor Ligero

31/08/2018 às 09:00

São Paulo, SP

Reinaldo Carneiro Bastos comanda FPF desde 2015 (Foto: Djalma Vassão/ Gazeta Press)


Depois de três anos como presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos foi eleito para um novo mandato de quatro anos, entre 2019 a 2022, nesta quinta-feira. E ao fazer uma avaliação sobre sua gestão até aqui, admitiu que faltou uma atenção especial ao clube pequenos do estado, fazendo questão de frisar a importância deles no futebol como um todo.

"Nesse quesito (ações tomadas em prol dos clubes pequenos) especificamente nós evoluímos pouco. A força do futebol brasileiro está na grande quantidade de pequenos clubes. Os grandes clubes são a vitrine, são o que mostram a potência do futebol brasileiro, interna e externamente. A Seleção Brasileira é outra vitrine. Mas quem faz essa roda girar são 700 clubes pequenos no Brasil inteiro", destacou em entrevista na sede da federação após a eleição, e completou: "Se perder o respeito pela grande quantidade de pequenos clubes, vai acabar com o futebol brasileiro".

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Ainda nesse contexto, Bastos fez duras críticas sobre a cultura de base existente no Brasil, ressaltando a importância de educar os jovens atletas para o futuro.

"Organizar as competições, capacitar os dirigentes, capacitar os treinadores. Influir na base da educação desses meninos. Nós somos o país da simulação. Isso vem da base, vem desde os pequenos. O garoto desrespeita o árbitro, não respeita o seu treinador, assina seu primeiro contrato por três anos e falta no dia seguinte... Não são todos, é claro", disparou.

"A gente tem que mudar a cultura, o conceito, educar. Se a gente não sair do lugar comum, não vamos colher nada diferente. A base é a mesma, sem um departamento médico... Não é porque os clubes querem, é porque não se entende como algo bom. Os clubes veem fisioterapeuta, médico, um executivo como despesa. Não é despesa. Isso é investimento", encerrou.

*Especial para Gazeta Esportiva

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