O Campeonato Brasileiro de 2016 pode conhecer seu campeão neste domingo. Porém, se depender do Santos, a decisão irá seguir até as últimas rodadas. Após o triunfo por 3 a 2 sobre o Vitória, na Vila Belmiro, o Peixe diminuiu para quatro pontos a diferença para o líder Palmeiras, que só empatou com o Atlético-MG. Apesar de ter diminuído a distância, a situação ainda é complicada para o alvinegro. Caso os comandados de Dorival Júnior percam para o Cruzeiro, neste domingo, às 17h (de Brasília), no Mineirão, e o Flamengo tropece contra o Coritiba, basta o alviverde vencer o Botafogo em casa, também neste domingo, para confirmar a conquista da competição nacional.
Porém, os santistas se apegam a dois fatores para continuar sonhando com o caneco: as vitórias na raça e a arrancada da equipe. Desde a eliminação na Copa do Brasil para o Internacional, em outubro, os atletas do Peixe colocaram em mente que teriam mais sete finais até o término do Brasileirão. E quatro delas já foram vencidas.
De lá pra cá, o Santos bateu Chapecoense, Palmeiras, Ponte Preta e Vitória, respectivamente. Essa sequência inédita de quatro triunfos seguidos no torneio fez o alvinegro alcançar a vice-liderança, encostar no Verdão e ficar próximo de garantir a vaga direta para a fase de grupos da Copa Libertadores de 2017.
"Temos de acreditar sempre, buscar fazer nossa parte, realizar da melhor forma possível dois compromissos muito complicados e depois um terceiro. Vejo jogos decisivos para todo mundo, não só para o Santos. Todos terão dificuldades. Não podemos descartar chance alguma. O futebol nos prega muitas peças, condições de alcançarmos resultados inesperados", afirmou o técnico Dorival Júnior sobre a chance de título.
Além da arrancada, um detalhe também chamou a atenção nessas quatros partidas, afinal, o Peixe venceu todos os jogos com a diferença de apenas um gol. Segundo Thiago Maia, a torcida santista, acostumada a ver o time praticando um futebol ofensivo, começou a entender a situação nesta reta final do Brasileirão e passou a valorizar as vitórias 'na raça'.
"Fim de campeonato é isso, tem o desgaste. Jogamos Campeonato Paulista, Copa do Brasil, Brasileirão, e ainda teve Olimpíada. Ninguém é robô. Às vezes não dá para jogar bem. Contra o Palmeiras, por exemplo, foi na raça, não na técnica. Fim de campeonato é isso. E vem dando certo para a gente", disse o jovem volante do Peixe.
