Maradona defende ida de Tevez para a China e faz alerta à AFA
Por Redação
07/01/2017 às 13:54
São Paulo, SP
"Fez o que tinha de fazer", afirmou Maradona ao diário argentino Olé. "Se tivessem oferecido 50 milhões de dólares para Riquelme jogar na China, ele estaria falando chinês, sem dúvida. Carlitos não enganou ninguém, simplesmente aceitou uma oferta enorme e não tenho nada que o reprove. Riquelme e Maradona teriam feito o mesmo", acrescentou.
Maradona, contudo, admite que o jogador fará muita falta ao Boca Juniors. "Ele é insubstituível. Não há jogador para comprar para o seu lugar. Fala-se de muitos que podem chegar, mas não da mesma categoria", avaliou.
Ainda em entrevista ao diário argentino Olé, Diego Maradona fez um alerta à Associação de Futebol Argentino, que passa por uma profunda crise institucional desde meados de 2016 e é administrada por uma comissão reguladora da Fifa.
"Que os dirigentes não se equivoquem. Que leiam o Estatuto e deem a bola para a Fifa. Amanhã eu não vou ser o culpado pela paralisação do futebol na Argentina. A culpa vai ser deles", esbravejou Maradona, que não descarta uma suspensão da AFA do quadro de filiados da Fifa.
"Pode terminar em qualquer coisa. E com desfiliação, sem dúvida. Não gostaria porque sou argentino e amo o futebol desde sempre, mas fazemos tão mal as coisas que hoje temos de engolir o que os dirigentes decidem em reuniões secretas", lamentou.
Por fim, disse que o presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino, "está de saco cheio do futebol argentino". "Dois meses atrás Infantino me dizia que não concordava com as pessoas designadas pela própria Fifa para administrar a AFA. E que todos os dias tinha uma informação nova de que coisa estava quente por aqui em Buenos Aires", finalizou Diego Armando Maradona.