Nas duas últimas temporadas, a Mercedes monopolizou a briga pelo título Mundial de Fórmula 1 com Lewis Hamilton e Nico Rosberg. Com passagem pela Ferrari, Jean Todt, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), contesta as críticas em função do domínio da equipe alemã.
“Eu estaria mais feliz se cada corrida tivesse um vencedor diferente, mas isso nunca vai acontecer. Você tem que aceitar que o domínio é parte do esporte e não apenas no esporte a motor, porque você também tem domínio no futebol, no tênis, no atletismo e no rúgbi”, afirmou Todt à Autosport.
A Mercedes venceu 32 das 38 corridas disputadas nas últimas duas temporadas e conquistou, com tranquilidade, o bicampeonato de construtores e pilotos, com o britânico Lewis Hamilton. Todt conhece bem a situação, já que viveu o domínio da Ferrari com o alemão Michael Schumacher de 2000 a 2004.
“Há domínio em todo lugar, então por que você não deve esperar que aconteça no esporte a motor? A negatividade em torno disso é absolutamente injusta, mas críticas construtivas eu posso aceitar”, declarou o presidente da FIA, que por outro lado diz trabalhar para mudar a situação.
“Obviamente, não estou satisfeito. Acho que o equilíbrio seria melhor e quando nos reunimos tentamos pensar em como melhorar. Mas não há necessidade de punirmos a nós mesmos ou pelo menos não sou desonesto o suficiente para entender isso”, afirmou Todt.
Aos que sugerem que a FIA aumente o controle sobre a Fórmula 1, Todt disse que aceitaria a alteração, desde que as equipes estabeleçam um novo acordo para tal, o que ele considera improvável. O Grande Prêmio da Austrália, marcado para o dia 20 de março, abre o campeonato de 2016.
