O futuro ao Profeta pertence - Parte II - Gazeta Esportiva
Bruno Calió
São Paulo, SP
10/19/2018 08:00:11
 

Moisés superou duas cirurgias e vive um de seus melhores momentos técnica e fisicamente no Palmeiras. Em seu primeiro ano pelo clube, 2016, foram 39 jogos e o título de campeão brasileiro. Na temporada seguinte, o palestrino fez 22 partidas e participou da campanha do vice do Nacional. Agora em 2018, já são 45 duelos para o meio-campista.

Vivendo ótimo momento na equipe ‘titular’ do Palmeiras, o camisa 10 falou à Gazeta Esportiva sobre a expectativa que tem em receber uma oportunidade para defender a Seleção Brasileira de Tite. Para tal, o meia reconhece a importância de conquistar títulos, e por isso, se preocupa com a maneira com que o Verdão vem sendo prejudicado pela arbitragem nos últimos jogos.

No Brasil se comenta muito sobre a necessidade de se ter um elenco grande, com muita opção, mas na minha visão esse time do Felipão é o primeiro que realmente está conseguindo usar o plantel, usar todas as peças. O Palmeiras de anos interiores talvez até tinha tantas opções quanto esse, mas os jogadores não rodavam tanto. Isso é mérito do Felipão mesmo? Usar todos os atletas e fazer todos se sentirem úteis?

Sem dúvida. Temos que agradecer muito ao Felipão por saber usar o elenco. Sempre falamos da qualidade e da força em todos os jogadores, da briga por posições e ele, com sua experiência, fez isso muito bem, talvez também por ter trabalhado na Europa, onde se tem um pouco isso, de rodar muito o elenco, um titular em um jogo, ser reserva no outro e ele tem feito isso muito bem. A gente fica muito feliz e isso com certeza vai servir como base para os próximos que chegarem e pegarem um elenco tão qualificado assim poderem utilizar. Porque quando se monta no começo do ano um elenco desse tamanho, com essa qualidade, é para esses momentos, quando tiverem muitos jogos, para que o treinador tenha essa confiança e por isso tem dado certo.

Outra pergunta feita nas redes sociais foi em relação à sua comemoração do cajado. Vai tentar de novo? Eles estão prometendo que dessa vez vão acertar, você bate o cajado e eles vão abrir.

É uma comemoração que farei sempre fizer gol, especialmente no Allianz. Se eles abrirem ficará ainda mais legal, mas se não será tão bonito quanto porque é uma começarão característica que eu vou continuar fazendo.

Moisés adotou a comemoração do cajado (Foto: Cesar Greco/SEP)

Vivendo esse bom momento no Palmeiras, qual seu pensamento em relação à Seleção Brasileira do Tite?

Olha, a partir do momento em que eu começar a ter grandes atuações, com consistência, você estando em um clube como o Palmeiras, disputando títulos, ganhando, você começa a ser olhado pelo treinador da Seleção Brasileira. A partir disso, se você é titular, tem jogado, tem feito boas partidas você passa a ter chances. O foco nesse momento é conquistar títulos com o Palmeiras, continuar jogando e manter um nível de atuação na média para cima, ter essa consistência e partir disso, com o Palmeiras chamando a atenção por títulos e conquistas você vai sendo visto e aumenta suas chances de Seleção Brasileira.

Para finalizar, queria que você comentasse um pouquinho da sua parte física. Ano passado você sofreu um pouco com lesões e esse ano, pela minha percepção, da torcida, uma crítica geral, você está muito melhor fisicamente, em outro patamar e talvez até tão bem quanto em 2016.

Eu tive duas lesões graves, duas cirurgias, no pé esquerdo e no joelho. Quando eu voltei em 2017 eu falei que estava 100% fisicamente, clinicamente muito bem, só que demanda um tempo de você voltar a ter aquele ritmo que você sempre teve. Por mais que eu estivesse bem fisicamente, não conseguia, em decorrência de tanto tempo parado, retomar certas ações. Esse ano voltei, estou me sentindo muito bem. Já bati o número de jogos das duas temporadas, uma eu fiz 35, 36, a outra foram uns 28, e agora já fiz mais de 40. Isso mostra a evolução. Estou muito feliz, muito contente com o trabalho que o Palmeiras fez nessa pré-temporada. Tive alguns dias a mais para me preparar para a temporada e isso tem muito mérito da estrutura, dos profissionais que aqui estão, que auxiliam nesse trabalho e hoje eu posso dizer que fisicamente eu estou muito bem e a tendência é que esteja ainda melhor no ano que vem. A partir do momento que você tem um ano sem lesões, no ano seguinte você se prepara melhor e aí começa a tudo andar normalmente.

Sobre as polêmicas de arbitragem nos últimos jogos, que tem causado muita reclamação. Alexandre Mattos reclamou inclusive em partidas que o Palmeiras conseguiu a vitória. Na Libertadores, isso preocupa um pouco mais, visto esse certo favorecimento para as equipes argentinas?

Temos que ficar atentos ao que acontece. No último jogo, contra o Grêmio, aconteceram dois pênaltis escandalosos que não foram dados. São três jogos seguidos com lances absurdos e que não são marcados a favor do Palmeiras. Então temos que ficar atentos ao que acontecer, mas sem ficar preocupados com o que pode acontecer ou não. Temos que estar focados em fazer o nosso melhor jogo, nossa melhor partida para que a gente consiga a vitória. Se não estivéssemos tão concentrados e tão bem, esses erros poderiam ter nos prejudicado, mas graças ao comportamento de toda equipe nós conseguimos superá-los e conseguir as vitórias



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