Rumo ao hexa x Quebra de jejum - Gazeta Esportiva
Fernanda Lucki Zalcman
São Paulo, SP
03/13/2019 08:00:08
 

De um lado, Lewis Hamilton. De outro, Sebastian Vettel. No ano passado, o britânico e o alemão protagonizaram um duelo de tetracampeões e coube ao piloto da Mercedes desempatar e passar à frente no número de títulos.

Rumo ao hexa

Agora, Hamilton é pentacampeão, tendo igualado o feito de Juan Manuel Fangio, e também o maior vencedor da F1 em atividade. Em 2019, o britânico quer confirmar a hegemonia e escrever mais um capítulo de sua já vitoriosa carreira.

Caso ele conquiste o hexacampeonato, o piloto da Mercedes irá deixar Fangio para trás, se isolando como o segundo maior vencedor da história da categoria, atrás apenas de Michael Schumacher.

Inclusive, Hamilton, aos 34 anos, ficaria a apenas um título de igualar o recorde do alemão e a dois de desbancar o rival e assumir o posto de maior vencedor da Fórmula 1 de todos os tempos.

Quebra de jejum

A missão de Hamilton, porém, não será fácil. Ao contrário de disso. Diferente de seus primeiros anos na Mercedes, quando as “flechas pratas” reinaram soberanas, a Ferrari evoluiu e conseguiu diminuir a diferença entre as equipes.

Isso pôde ser visto já no ano passado, quando os dois times brigaram de igual para igual pelo título. A Mercedes contou com erros da Ferrari em momentos cruciais e com uma força mental de Hamilton superior à de Vettel para garantir o troféu.

Assim, o alemão ficou para trás com quatro títulos, todos conquistado quando ele ainda corria pela Red Bull. E faturar a taça este ano significaria um novo empate entre ele e Hamilton.

A missão de conseguir o penta, porém, tem um peso ainda maior, já que significa duas quebras de jejum. A primeira seria pessoal, já que Vettel não é campeão da F1 desde 2013, quando conquistou seu tetracampeonato. A segunda quebra de jejum vai mais além e engloba a Ferrari, que não sabe o que é levantar o caneco há 11 anos, desde o título de Kimi Raikkonen em 2007.

Este é, inclusive, o segundo maior jejum da equipe italiana. O maior aconteceu entre 1980 e 2000, quando o time ficou 20 anos sem que algum de seus pilotos fosse campeão.

Rivalidade nos boxes

Quando o assunto é Campeonato de Construtores, porém, a Ferrari leva vantagem sobre a Mercedes: são 15 títulos contra sete.

No entanto, a equipe alemã vem de um pentacampeonato consecutivo. E curiosamente, os dois times dividem o posto de detentoras das maiores sequências de títulos da história da F1: justamente cinco temporadas.

A escuderia italiana atingiu o feito entre 2000 e 2004, quando Michael Schumacher foi campeão em todas essas temporadas.



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