A derrota do Corinthians para o Fluminense neste domingo reforçou a discussão em cima de quem deve comandar o elenco alvinegro. Desde a saída do técnico Tite, que assumiu a Seleção Brasileira, o clube conviveu com muita pressão sobre Cristóvão Borges, o sucessor escolhido pela diretoria em um primeiro momento, e agora parece indeciso sobre manter o interino Fábio Carille ou buscar um novo nome no mercado.
A discussão foi tema do programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, e tanto Silas quanto Marcio Bittencourt, ex-jogadores e técnicos, concordaram que o clube de Parque São Jorge deveria dar respaldo ao atual comandante do Timão.
“Eu acho que tem que bancar, porque o mais próximo do caminho do Tite hoje é o Carille”, opinou Silas, com discurso reforçado pelo amigo de beira de campo. “Tem que bancar. A diretoria tem que bancar o cara”, completou Bittencourt, lembrando que o auxiliar trabalhou muitos anos com Tite e conhece os métodos do ídolo corinthiano.
“Ninguém faz mágica. Não é que o Corinthians perdeu o Elias, o Gil...Saíram 18 jogadores, além do Tite. E quando todo mundo criticava o Felipe, o Tite disse que ele seguiria. Quando todo mundo queria a cabeça do Vagner Love, o Tite avisou que ele continuaria. Mas o Carille não é o Tite. O Cristóvão não é o Tite. O Roger pediu demissão do Grêmio porque já tinha menos força do que os meninos lá”, observou Silas, mostrando que os problemas do Timão vão além do nome do treinador.
O ex-jogador do São Paulo também foi categórico quando questionado sobre o favoritismo do Corinthians em cima do Cruzeiro, nesta quarta, em Itaquera, no primeiro duelo das quartas de final da Copa do Brasil.
“Aqui tem dois extremos. A Copa do Brasil ainda salva o ano do Corinthians. O Cruzeiro tem que se preocupar com o Brasileiro, assim como o Inter. Nenhum dos dois têm dois times. O Cruzeiro se preocupar com a Copa do Brasil agora é perigoso. O Corinthians, não. O Cruzeiro tem a viagem, tem o desgaste, tem a pressão. Nessa balança, quem está prejudicado é o Cruzeiro”, comentou Silas, lembrando que tanto os mineiros quanto os gaúchos lutam contra a zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
