O cara do jogo: Luka Modric
Por Redação
16/06/2018 às 19:14 • Atualizado: 16/06/2018 às 19:21
São Paulo, SP
Nesse cenário de afinidade, ninguém se sentiu mais à vontade em campo do que Luka Modric. Discreto, como a cidade que o acolheu, e fatal, como deve ser um meio-campista do Real Madrid, o camisa 10 e capitão croata foi eleito pela Fifa “o cara do jogo” na vitória sua e de seus companheiros por 2 a 0 em cima da Nigéria.
O jogador de 32 anos foi um capítulo à parte em um confronto longe de ser memorável, de mais imposição física do que de técnica apurada. Com toques refinados, muitas vezes simples e clareadores, Modric acertou 50 dos 54 passes que deu.
E se errou cinco dos sete cruzamentos que tentou, pouco importa, pois foram de dois cruzamentos seus, ambos em cobranças de escanteio, cada um de um lado do campo, que a Croácia conseguiu arrancar seus gols.
No primeiro, a bola causou desespero no miolo da zaga nigeriana até o gol contra de Etebo. Depois, Ekong preferiu agarrar Mandzukic dentro da área ao invés de interceptar a bola. Resultado: o pênalti que culminou com a única finalização de Modric na partida. Frio, o capitão não decepcionou. Tocou de leve junto à trave, rasteiro, depois do goleiro Uzoho deitar para o canto errado.
É inegável a importância de Mandzukic, Rakitic e até do reserva Kovacic para o grupo croata. Entretanto, sem alarde, Luka Modric mostrou que muito do que a seleção de seu país conseguir nessa Copa do Mundo vai depender da sua maestria.
A segunda rodada o colocará frente à frente com Lionel Messi, embate esse que Modric está acostumado a vivenciar na Espanha, quando tem o Barcelona do outro lado. A diferença é que enquanto o capitão europeu se apresenta leve e líder da equipe que detém a ponta do grupo D, o gênio argentino chega pressionado por uma resposta depois da decepcionante estreia com empate diante da Islândia, que deixou ameaçada a ida à segunda fase dos hermanos, muito por causa de uma penalidade perdida justamente daquele de quem mais se espera gol.
Luka Modric foi o cara da Croácia contra a Nigéria. Agora, o sonho do croata é ser mais que isso, talvez o símbolo de uma campanha histórica de uma seleção que estreou em Copas apenas em 1998.