De EUA a Coreia do Sul, as grandes surpresas da história das Copas - Gazeta Esportiva
De EUA a Coreia do Sul, as grandes surpresas da história das Copas

De EUA a Coreia do Sul, as grandes surpresas da história das Copas

Gazeta Esportiva

Por AFP

22/11/2022 às 16:34

São Paulo, SP

A surpreendente vitória de virada da Arábia Saudita sobre a Argentina (2 a 1), nesta terça-feira, em Doha, não é a primeira grande surpresa em uma Copa do Mundo, entre as quais se destacam os triunfos dos Estados Unidos sobre a Inglaterra, em 1950, e o da anfitriã Coreia do Sul contra a Itália, em 2002.

1950: Estados Unidos x Inglaterra (1 x 0), gol do haitiano amador


Depois de ter recusado os convites para participar das três primeiras edições da Copa do Mundo, os inventores do futebol finalmente se dignaram na edição de 1950 no Brasil. Depois de vencer o Chile (2-0), a seleção dos Três Leões foi surpreendida pelos americanos e com um gol num desvio de Joe Gaetjens, de origem haitiana.

Excesso de confiança, o técnico da Inglaterra, Walter Winterbottom, decidiu não contar com seu melhor jogador, Stanley Matthews, para um jogo que deveria ter sido apenas uma formalidade. O Daily Express até propôs dar ao "Team USA" uma vantagem de três gols. Humilhada, foi a única vez que a Inglaterra jogou com uma camisa azul.



1966 - Coreia do Norte - Itália (1 x 0), Pak surpreende a Nazionale


Única seleção não europeia ou sul-americana na Copa do Mundo, a Coreia do Norte era uma ilustre desconhecida. Castigada pela União Soviética (3-0) e salva diante do Chile por um empate no final da partida (1-1), não deveriam ser um grande obstáculo para a 'Nazionale' de Sandro Mazzola e Gianni Rivera. Mas Pak Doo-ik surpreendeu a defesa italiana com um chute cruzado.



O público da cidade operária de Middlesbrough apoia o país comunista que além do mais joga de vermelho, como o time da casa, o "Boro". A Coreia do Norte sonha nas quartas de final ao abrir 3 a 0 de vantagem sobre Portugal, mas sofre uma virada, com incríveis quatro gols de Eusébio, e perde por 5 a 3.

1982 Argélia - Alemanha Ocidental (2 x 1), uma façanha arruinada


Pela primeira vez, uma nação africana venceu uma grande da Europa, causando um terremoto no mundo do futebol. Rabah Madjer abriu o placar e Lakhdar Belloumi colocou os argelinos novamente na frente após o gol de empate de Karl-Heinz Rummenigge. "Não tivemos dúvidas depois desse empate", disse o capitão da Argélia, Ali Fergani, ao Jeune Afrique. "Poderíamos ter desabado, mas aguentamos, apesar da pressão alemã".

Infelizmente, essa façanha foi ofuscada por aquele que ficou conhecido como 'jogo da vergonha', em que a Alemanha Ocidental venceu a Áustria por 1 a 0, exatamente o resultado que as duas seleções vizinhas precisavam para se classificar.

1990 Camarões-Argentina (1 x 0), 'Leões' domam Maradona


A Argentina já viveu outra grande surpresa em uma Copa do Mundo. Em sua entrada no Mundial de 1990 na Itália, o time do astro Diego Armando Maradona, detentora do título de campeã mundial e novamente favorita, foi devorada pelos 'Leões Indomáveis' de Camarões.




Uma cabeçada de François Omam-Biyik surpreendeu o goleiro Nery Pumpido.

Seu primo André Kana-Biyik e depois Benjamin Bassing receberam cartão vermelho no final de uma partida em que os camaroneses jogaram com cotoveladas e entradas duras para manter o resultado. Confiantes após essa estreia, os leões chegariam às quartas de final (onde perderam para a Inglaterra por 3 a 2 na prorrogação), a primeira vez que uma seleção africana alcançava essa fase.

2002 - Coreia do Sul-Itália (2 x 1) gol de ouro e arbitragem duvidosa de Byron Moreno


Mais uma trágica surpresa coreana para a 'Azzurra', eliminada desta vez pela Coreia do Sul, que chegou às primeiras oitavas de final de sua história ao jogar em casa.

O país anfitrião (juntamente com o Japão) chegaria às semifinais, onde acabou sendo derrotada pela Alemanha (1-0). Desta vez o herói se chama Ahn Jung-Hwan, autor do gol de ouro a três minutos do fim da prorrogação. Em jogo cheio de suspense, a Coreia já havia empatado no final do tempo regulamentar com um gol de Seol Ki-yeon (88).



O outro protagonista, no papel de vilão, foi o árbitro equatoriano Byron Moreno. Muitas de suas decisões enlouqueceram os italianos, como o gol de ouro negado a Damiano Tommasi por um quase imperceptível impedimento e o segundo cartão amarelo para Francesco Totti por simulação, quando toda a Itália havia visto um pênalti.

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