Blatter acusa Platini e Sarkozy por eleição do Catar como país-sede da Copa de 2022 - Gazeta Esportiva
Blatter acusa Platini e Sarkozy por eleição do Catar como país-sede da Copa de 2022

Blatter acusa Platini e Sarkozy por eleição do Catar como país-sede da Copa de 2022

Gazeta Esportiva

Por Redação

11/03/2019 às 18:06

São Paulo, SP

Joseph Blatter volta a dizer que Platini e Sarkozy receberam vantagem para votar no Catar. (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)


Joseph Blatter, ex-presidente da FIFA, voltou a dizer, nesta segunda-feira, que Michael Platini, ex-presidente da UEFA, e Nicolas Sarkozy, ex-presidente francês, interviram para que o Catar fosse eleito o país-sede da Copa do Mundo de 2022.

A votação para a escolha do país-sede da Copa de 2022 foi realizada junto com a escolha da sede de 2018. A Rússia acabou ganhando a concorrência contra a Inglaterra e foi eleita para o torneio de 2018. Para a eleição da Copa seguinte, o Catar levou a melhor e, de forma surpreendente, superou os Estados Unidos.

"Não entendo porque foi reaberto um dossiê de suposta corrupção que já havia sido encerrado com a publicação do relatório Garcia. De qualquer maneira, a escolha do Catar para a Copa do Mundo de 2022 se deu após a intervenção política do presidente da República (da França), Nicolas Sarkozy, solicitando a Michel Platini que votasse junto a pessoas próximas pelo Catar. Estes quatro votos fizeram a balança pesar a favor do Catar e contra os Estados Unidos. E esta situação provocou os ataques dos perdedores contra a FIFA e minha pessoa" confessou Blatter.

No último domingo, o Sunday Times divulgou que o Catar teria pago 880 milhões de euros (cerca de R$ 3,8 bilhões) à FIFA para ser escolhido. A rede de televisão Al Jazeera, financiada pelo governo do Catar, pagou o valor em duas parcelas, uma de 400 milhões de euros (R$ 1,7 bilhões), em 2010, antes da votação e outra em 2013, no valor de 480 milhões (R$ 2,07 bilhões). Ainda segundo o jornal inglês, a Al Jazeera deveria pagar mais 100 milhões de euros (R$ 433 milhões) caso o país fosse eleito.

Respondendo ao jornal inglês, a FIFA declarou que "as acusações relacionadas à atribuição da Copa do Mundo da FIFA de 2022 já foram comentadas amplamente pela FIFA, que em junho de 2017 publicou integralmente o relatório Garcia. Por outro lado, a FIFA apresentou uma denuncia na Procuradoria Geral da Suíça e o processo segue em andamento. A FIFA coopera e continuará cooperando com as autoridades."

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