Aos 21 anos, o inglês Harry Kane viveu um dos momentos mais especiais de sua carreira profissional no último sábado. Logo em seu primeiro clássico do Norte de Londres, o atacante foi autor dos dois gols que deram a vitória ao Tottenham, de virada, sobre o Arsenal, resultado que fez os Spurs roubarem a posição do rival. Emocionado após a partida, o camisa 18 não teve a mesma precisão de suas finalizações ao descrever ao Mirror a alegria por contribuir em um jogo importante.
“Esse sentimento é único. Eu definitivamente não vou esquecer isso para o resto da minha carreira. Foi o meu primeiro dérbi do Norte de Londres e ganhar do jeito que foi, com dois gols meus, é inacreditável. Eu provavelmente não dormirei”, falou Kane, que com os dois gols anotados contra os gunners chegou a 12 no Campeonato Inglês, ficando em quarto lugar na artilharia, e somou 22 na temporada, levando em conta todas as competições.
Revelado nas categorias de base do Tottenham, Kane ganhou a concorrência com Soldado e Adebayor no ataque e provou que pode ser titular no esquema de Maurício Pochettino. “Eu aproveito meu jogo. É só jogar com um sorriso no rosto, fazer o melhor que você pode e trabalhar o mais duro que você consegue pelo time. Isso tudo é resultado de como o time vem trabalhando bem”, comentou, fazendo questão de valorizar o grupo, que colocou o Tottenham em 5º lugar na classificação, com 43 pontos somados.
“É um dia especial e eu realmente não consigo achar palavras que possam descrever exatamente essa sensação. Isso significa muito para mim porque eu me formei nesse clube, eu sei o que essa vitória representa para a torcida”, declarou Harry Kane, que preferiu não comentar a presença do técnico da seleção inglesa, Roy Hodgson, em White Hart Lane, mas deixou claro que defender seu País é sim um objetivo pessoal.
Se Kane não quis projetar uma eventual convocação, o técnico do Arsenal, Arsène Wenger, brincou ao final da partida sobre Kane ser ou não opção para a Inglaterra na campanha das Eliminatórias da Euro 2016. “Quando você marca o número de gols que ele marcou, se a Inglaterra não pegá-lo, alguém mais dará a ele um passaporte”, comentou em tom descontraído.