Mesmo com um a menos no segundo tempo, o Real Madrid conseguiu interromper a sequência de derrotas que já assolava o Santiago Bernabéu há três jogos. Neste sábado, o time merengue derrotou o Espanyol por 3 a 0 e se manteve na ponta isolada do Campeonato Espanhol, independentemente do resultado do jogo entre Barcelona e Atlético de Madri, neste domingo.
O resultado tranquiliza o torcedor madridista e leva o Real à marca dos 42 pontos – cinco a mais do que os rivais da Catalunha e do Vicente Calderón, que jogam no Camp Nou e terão uma partida a mais a partir deste domingo. Já o Espanyol segue na intermediária da tabela, na 12ª posição com 19 pontos.
CR7 garçom e bomba de Bale garantem vantagem – Com o time considerado titular – a exceção era o lateral brasileiro Marcelo, que sentiu dores nas costas e foi vetado uma hora antes do jogo, substituído por Coentrão –, o Real entrou em campo determinado a reverter a série negativa, que já durava três jogos, incomodava o mais otimista dos torcedores merengues e permitia a aproximação dos rivais Barcelona e Atlético de Madri na tabela.
Entretanto, o primeiro a levar susto foi o Espanyol. Veloz, o equatoriano Felipe Caicedo disparou para a área, cortou a marcação e arriscou o chute. Para o alívio dos 74.894 merengues presentes no Bernabéu, a conclusão não foi tão boa quanto a arrancada. Do outro lado, pressionando em blocos com o seu 4-3-3 bastante ofensivo – que tinha os meias cuidando da armação, Bale e Cristiano Ronaldo invertendo as pontas e Benzema fixo na área no centro do ataque –, a equipe de Carlo Ancelotti tentava a todo custo abrir o placar.
Se o time não encontrava espaços com facilidade, a solução veio com uma jogada trabalhada em velocidade. Aos 11 minutos, Cristiano Ronaldo disparou para a linha de fundo pela esquerda, carregando consigo a marcação do Espanyol. Sem olhar para trás, deu um belo toque de canhota para James Rodríguez, que entrava na área em velocidade. De primeira, o colombiano – artilheiro da Copa do Mundo – tocou na saída de Casilla, abrindo o marcador.
Com o primeiro gol, o Real pareceu se livrar da pressão inicial. Até mesmo a torcida merengue aumentou o volume da cantoria, sentindo sua confiança na equipe crescer. Dessa forma, em ritmo de olé, a posse de bola alcançou a marca de 70% para os anfitriões. Como fruto disso, nasceu o segundo gol, a partir de uma jogada no meio-campo que terminou com Isco derrubado por Fuentes na entrada da área.
A cobrança de falta de Bale deve ser assunto no fim de semana dos espanhóis de Barcelona a Sevilla – começando por Madri. Com pose, o galês arriscou uma bomba direto para o gol, que acertou o ângulo esquerdo de Casilla. O goleiro do Espanyol sequer se mexeu, e o barulho da bola batendo na trave antes de entrar parece tê-lo despertado para buscá-la no fundo da rede em meio à festa madridista.
Expulsão portuguesa e alegria de Nacho – Ao contrário do que se poderia imaginar, o segundo tempo não começou tranquilo para o Real. Logo aos cinco minutos, Coentrão e Cañas se chocaram e caíram no gramado reclamando de muitas dores. Após o atendimento médico de ambos, o árbitro procurou o lateral português e lhe deu o cartão vermelho direto pela dividida, deixando o time da casa com um a menos.
Parecendo igualmente nervoso e determinado, Cristiano Ronaldo desceu em velocidade para o ataque, disposto a não deixar a decisão do árbitro atrapalhar sua equipe. O português, no entanto, teve uma hesitação pouco habitual no momento da conclusão, optando por dribles excessivos e perdendo o tempo do chute, que acabou travado. Aos 26, foi a vez de Bale protagonizar o inacreditável. Após um belo lançamento de Isco, o galês invadiu a área e se viu livre, de frente para o goleiro Casilla. Na conclusão, todavia, o jogador tocou para fora, mesmo tendo o gol livre à sua frente.
Fechando a conta, aos 31, Isco abriu pela Arbeloa pela esquerda, que cruzou alto para a pequena área. Ela foi alta demais e ninguém alcançou de cabeça, mas morreu nos pés de Nacho – que havia acabado de entrar no lugar de James Rodríguez –, que só teve o trabalho de dominar e fuzilar a rede, selando a vitória merengue em 3 a 0 e encerrando a série negativa do líder do Espanhol.
