Parreira aprova importação, mas não vê técnicos brasileiros defasados - Gazeta Esportiva
Parreira aprova importação, mas não vê técnicos brasileiros defasados

Parreira aprova importação, mas não vê técnicos brasileiros defasados

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

04/09/2019 às 20:48

São Paulo, SP

A chegada de técnicos estrangeiros no futebol brasileiro ainda possui resistência de alguns profissionais que trabalham no esporte. No entanto, para Carlos Alberto Parreira, treinadores de outras nacionalidades proporcionam um importante intercâmbio de ideias.

O ex-técnico concedeu entrevista no primeiro dia da Brasil Futebol Expo, feira que reúne importantes figuras do esporte no país, e posicionou-se contra a restrições a treinadores estrangeiros em clubes brasileiros.

“Eu acho que o mercado precisa ser aberto, não pode ser restrito a técnicos brasileiros. A gente ganha muito quando vem um técnico de fora e aporta sua experiência, traz ideias novas, traz coisas boas. Acho que tem que ser compartilhado, nós temos que aproveitar isso para tirar alguma coisa. A gente vai procurar crescer, melhorar, progredir para poder fazer frente a qualquer invasão”, disse o ex-técnico.

Parreira pensa que o equilíbrio do Brasileirão dificulta o trabalho dos técnicos (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


Apesar de reconhecer a qualidade dos trabalhos dos treinadores estrangeiros, Parreira não acredita que os profissionais brasileiros estejam defasados. Além de utilizar o futebol inglês como exemplo, ressalta que o nível de equilíbrio do campeonato nacional dificulta o trabalho do técnico.

“As principais equipes do futebol inglês não têm nenhum técnico inglês dirigindo, são todos estrangeiros. A própria seleção inglesa nas últimas quatro Copas foi dirigida por técnicos estrangeiros. Então isso não deprecia o futebol, a qualidade dos técnicos locais", exemplificou Parreira.

“Nós não estamos tão atrasados como possa parecer. As dificuldades são grandes, o Jesus tem falado isso. ‘Esse é o campeonato mais difícil do mundo, eu nunca vi nada igual’. E ele tem razão. Qual país tem 17 campeões nacionais entre os que disputam? Só o Brasil. O último pode ganhar do primeiro, do segundo”, completou.

Conteúdo Patrocinado