Mano expõe insatisfação com arbitragem e sugere inovações - Gazeta Esportiva
Mano expõe insatisfação com arbitragem e sugere inovações

Mano expõe insatisfação com arbitragem e sugere inovações

Gazeta Esportiva

Por Redação

14/09/2015 às 13:00

São Paulo, SP

Mano vê Cruzeiro prejudicado nos últimos três jogos do Brasileiro (Foto: Pedro Vilela/Light Press)
Mano vê Cruzeiro prejudicado nos últimos três jogos do Brasileiro (Foto: Pedro Vilela/Light Press)


Mano Menezes avaliou como positiva a atuação do Cruzeiro contra Atlético-MG, no empate por 1 a 1, desse domingo, no Mineirão. O mesmo, porém, o técnico não pode dizer do trio arbitragem, comandado por Leandro Pedro Vuaden.

O técnico cruzeirense não questionou a expulsão de Mena, mas reclamou bastante de um pênalti não marcado no primeiro tempo, quando Leonardo Silva desviou a bola com a mão dentro da área. Segundo Mano Menezes, este é o terceiro jogo consecutivo que a arbitragem deixa de marcar penalidades para o Cruzeiro.

“Gostaria de ressaltar que quando voltei fiz um pacto comigo mesmo de não falar sobre arbitragem. Mas me preocupa um pouco, na medida que, na quinta-feira, vi uma penalidade que parecia um golpe de judô e que não foi marcada para nós. Hoje, vi um soco na bola no primeiro tempo e novamente não foi marcada a penalidade para nós”, comentou.

“O cruzeirense tem que cobrar o que de direito é nosso. Contra a Ponte Preta, quando estava assistindo, alguém falou que fomos beneficiados, mas também teve um pênalti no Allano (na verdade, foi no Pará) no primeiro tempo, em que a falta foi marcada fora da área, mas foi dentro. Já são três jogos consecutivos. Nesta reta final de campeonato, as partidas têm que ser decididas pelo que as equipes fazem em campo. Todos queremos isso”, completou.

No que se refere ao clássico contra o Atlético-MG, Mano Menezes entende que o pênalti, não marcado no primeiro tempo, poderia ter um peso semelhante ao da expulsão de Mena, tornando o cenário da partida mais favorável ao Cruzeiro.

“Não dá para você ficar aceitando erros absurdos. Quando erramos absurdamente, somos cobrados, assim como os jogadores. Não podemos deixar de dizer que não estamos satisfeitos com essa postura, porque isso muda a história de um jogo. Assim como a expulsão de Mena mudou a história do segundo tempo, se fosse marcado um pênalti no primeiro, a gente sairia com um 2 a 0 e poderíamos escrever uma história diferente”, apontou.

Inovações tecnológicas – Na última semana, a CBF enviou, a pedido dos clubes brasileiros, um requerimento à FIFA para utilização do vídeo em jogadas polêmicas. A partida seria paralisada sempre que o árbitro de vídeo precisasse analisar algum lance duvidoso. Para Mano Menezes, este novo advento à regra atrapalharia a fluidez natural das partidas de futebol.

“O futebol tem características que não permitem você colocar um instrumento externo para decidir um lance, porque o lance continua, você não para o lance naquela hora. Se estivéssemos assistindo uma partida de tênis, você poderia requerer o replay, porque o lance acabou, mas no futebol, não. Você imagina: o jogador deu um soco na área e o jogo continua. Como você vai parar o lance e depois continuar? O futebol não permite isso”, analisou.

Apesar das críticas, técnico considera correta a expulsão de Mena (Foto: Fred Magno/Light Press)
Apesar das críticas, técnico considera correta a expulsão de Mena (Foto: Fred Magno/Light Press)


O treinador do Cruzeiro, por outro lado, sugere inovações quando à quantidade dos árbitros principiais em campo e critica a formação da arbitragem no país.

“Minha opinião é que o futebol ficou muito rápido para um só arbitro apitar. O campo de jogo tem 110m por 70 de largura, em média. Se no futsal, que o espaço é menor, nós temos dois árbitros. Se no basquete, que o espaço é muito menor, nós temos três, porque no futebol vamos deixar uma pessoa correndo 110m de lá para cá e ainda ter que tomar uma decisão? Lógico que ele vai chegar com uma capacidade de decisão prejudicada. O argumento das pessoas é de que teremos dois critérios de arbitragem. Ora, estamos cansados de ver dois critérios pelo mesmo arbitro. Vocês estar mais próximo, correndo menos, facilita a decisão”, alegou.

“Outro aspecto é o seguinte: hoje para ser um arbitro, você precisa ser quase um super-homem nos aspectos físicos. Nem sempre uma pessoa, que é ótima fisicamente, é ótima em interpretação. Estamos perdendo o melhor árbitro por interpretação e estamos escolhendo o que corre mais. Estamos perdendo o talento do árbitro. Invertemos a ordem”, acrescentou.

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