Fluminense liga sinal de alerta com 'sequência de crises' no clube - Gazeta Esportiva
Fluminense liga sinal de alerta com 'sequência de crises' no clube

Fluminense liga sinal de alerta com 'sequência de crises' no clube

Gazeta Esportiva

Por Da Gazeta Press

17/09/2015 às 12:39 • Atualizado: 17/09/2015 às 12:40

Rio de Janeiro, RJ

A goleada de 4 a 1 para o Palmeiras, na última quarta, acabou gerando a demissão do técnico do Fluminense, Enderson Moreira. Porém, a troca no comando do elenco é apenas mais um sintoma de um clube mergulhado em uma crise interna e que tem feito seus diretores ligarem o sinal de alerta.

O grupo de jogadores não se entende perfeitamente bem, com algumas divisões no plantel. Entre dirigentes, existe um clima de disputa política. Financeiramente, ainda é possível sentir os efeitos da saída da Unimed, que foi a grande patrocinadora entre 1999 e 2014. Um cenário catastrófico e que precisa ser trabalhado para evitar consequências graves.

Um conselheiro ligado ao presidente Peter Siemsen revelou que ele se mostra preocupado com o ambiente interno e que na cabeça do mandatário está o ano de 2013, quando o Tricolor desceu a ladeira no meio do Campeonato Brasileiro e foi rebaixado em campo, sendo salvo por uma punição aplicada a Portuguesa pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

“Fizemos um bom primeiro turno e podemos tirar muito mais desse time. Precisamos de um treinador que trabalhe a parte psicológica do grupo. Ainda acredito que podemos fazer os pontos necessários para terminarmos bem o Campeonato Brasileiro”, disse Peter, logo após o jogo.

O presidente está tratando pessoalmente da escolha do novo treinador, o que mostra que tomou as rédeas de um departamento de futebol comandado pelo vice Mário Bittencourt. Este, por sinal, é mal visto por diversos conselheiros por conta da personalidade forte. Independentemente do nome, o novo treinador ainda vai ter que trabalhar com um elenco dividido.

'Líder' do elenco, Fred terá a missão de sustentar vestiário em momento crítico (Foto: Nelson Perez/Fluminense)
'Líder' do elenco, Fred terá a missão de sustentar vestiário em momento crítico (Foto: Nelson Perez/Fluminense)


A contratação de Ronaldinho Gaúcho, que em um primeiro momento serviu de estímulo aos jovens, hoje desagrada a maior parte dos jogadores e não foi à toa que Enderson, mesmo contrariando a Peter, preferiu barrar o apoiador. Um suposto desinteresse pela causa tricolor teria deixado os atletas chateados com R10. A gota d´água teria vindo quando ele foi visitar os companheiros de Atlético-MG no vestiário do Maracanã logo depois de uma derrota por 2 a 1, quando os tricolores davam sinais de abatimento.

Líder nato no elenco, o atacante Fred também não morre de amores por Ronaldinho. O artilheiro, que lidera a maioria do plantel, evita críticas públicas ao companheiro. Esse grupo, inclusive, sofreu um baque com a saída de Enderson. Alguns conselheiros temem que o novo treinador, sob determinação de Peter, volte a escalar o apoiador apenas pelo nome e acabe tornando o clima no clube insustentável.

Isso porque a contratação do apoiador foi bancada por Peter e para muitos a medida foi apenas uma provocação ao inimigo político Eurico Miranda, presidente do Vasco, que chegou a dar a chegada do atleta a São Januário como certa. Neste clima de incerteza e com a torcida, que chegou a invadir o treino de terça-feira, revoltada que o grupo vai se preparar para o duelo de sábado, às 21h( de Brasília), contra a Ponte Preta, em Campinas (SP).

Se nenhum nome de treinador for anunciado até lá o auxiliar Marcão, da comissão técnica permanente do clube, vai dirigir o time. Sobre alguns dos nomes especulados, o de Renato Gaúcho é o que mais tem sido comentado nos bastidores, com Celso Roth correndo por fora. Porém não existe nada concreto em relação a nenhum profissional.

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