Concorrendo por titularidade, jovens exaltam Ceni e minimizam defesa
Por Marcelo Baseggio*
23/02/2017 às 09:37 • Atualizado: 23/02/2017 às 12:39
São Paulo, SP
Sem atuar há pouco mais de seis meses, Lucas Fernandes retornou aos gramados no último sábado, no empate em 2 a 2 contra o Mirassol no Morumbi. O meia ficou longo período inativo por conta das cirurgias no joelho e no ombro esquerdo, mas não esconde o desejo de iniciar como titular. Contente por estar de volta, o jovem são-paulino também se mostrou satisfeito com o fato de Rogério Ceni acionar os garotos da base com frequência. Além dele e de Araruna, Luiz Araújo é outro jovem que vem se destacando com o ex-goleiro à beira do campo.
“É importante a confiança que ele está dando para a gente, trabalhamos bastante em Cotia para chegar aqui e muitas vezes há treinadores que não confiam em nosso trabalho. Ele tem paciência, ainda somos jovens, vamos oscilar, mas temos trabalhado e ele dá muita confiança”, disse Lucas Fernandes.
O curto intervalo entre os jogos é uma questão que poderá atrapalhar os planos de Lucas Fernandes na busca pela titularidade contra o Novorizontino. Nesta quarta-feira Rogério Ceni acabou cancelando o treino por conta do temporal que caiu na região do CT da Barra Funda, e justamente por ainda não ter realizado muitas atividades em campo que o garoto da base pode perder a concorrência para Araruna.
“Essa briga por posição é uma coisa natural, ainda mais com jogadores que podem fazer duas funções dentro de campo. Sobre minha condição física, acho que ainda não estou preparado para jogar os 90 minutos. Não treinei o suficiente, mas tenho buscado treinar cada dia mais para evoluir e ficar pronto”, completou o recém recuperado dos problemas físicos de 2016.
Independentemente da escolha de Rogério Ceni, o substituto de Cícero terá de ficar muito atento com a parte defensiva da equipe. Sofrendo gols em todos os jogos do Campeonato Paulista, o São Paulo vai a campo no sábado com a intenção de, enfim, não ser vazado. Em melhores condições físicas, Araruna, que já atuou em seis das oito partidas do Tricolor na temporada, não se vê pressionado com esse compromisso sem a bola.
“Essa questão do São Paulo estar tomando muito gol é relativa, porque se olharmos os números, temos mais posse de bola, finalizações, escanteios. Acho que é mais questão de um processo de adaptação à filosofia de jogo do Rogério. Acho que são erros pontuais, o Rogério cobra isso no treino. Lógico que a gente vai tentar fazer com que o time tome menos gols, mas a filosofia de atacar é a mesma”, finalizou Araruna.
*Especial para a Gazeta Esportiva