Valcke desviou dinheiro com venda de ingressos na Copa, diz jornal - Gazeta Esportiva
Valcke desviou dinheiro com venda de ingressos na Copa, diz jornal

Valcke desviou dinheiro com venda de ingressos na Copa, diz jornal

Gazeta Esportiva

Por Redação

17/09/2015 às 15:30

São Paulo, SP

Valcke é acusado de ter desviado quase R$ 9 mi com venda de ingressos (Foto: Divulgação)
Valcke é acusado de ter desviado quase R$ 9 mi com venda de ingressos (Foto: Divulgação)


Segundo reportagem do Estado de São Paulo divulgada nesta quinta, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke fez um acordo milionário com uma empresa de marketing para vender ingressos acima do preço tabelado para a Copa do Mundo de 2014. O esquema envolvendo os bilhetes rendeu 2 milhões de euros (cerca de R$ 8,6 milhões) aos bolsos do dirigente.

A acusação contra Valcke partiu de Benny Alon, empresário que atua na venda de ingressos para Mundiais da Fifa há mais de duas décadas. Sua empresa, a JB Marketing, ainda apontou, além do desvio de verba, um sumiço de 8.300 ingressos que deveriam ser comercializados por ela. Em 2010, Alon acordou com a Fifa os direitos sobre a venda de pacotes de ingressos VIP a partir de 2013, inclusive, para a Copa das Confederações.

Contando com um esquema já arquitetado nas doze cidades-sede, 11 mil ingressos seriam entregues à empresa de Alon para a comercialização. A princípio, a JB Marketing poderia escolher 12 jogos para os quais venderia ingressos, mas as partidas foram renegociadas ainda em 2012, após reunião com Jérôme Valcke. Segundo o novo acordo, a empresa agora venderia ingressos para os principais jogos do Mundial, incluindo todos os da Seleção Brasileira.

Os lucros sobre a venda das entradas seria repartido igualmente entre a empresa e o dirigente. “Valcke foi até seu cofre, colocou suas digitais e tirou dali nosso contrato. Valcke então me perguntou: ‘O que tem para mim aqui?’ e eu respondi que poderíamos dividir 50% para cada um. Naquele momento, não pensei que a divisão seria com Valcke, mas com a Fifa, e que a entidade ficaria com 50% do lucro que eu fizesse”, contou Alon à reportagem do Estado.

O empresário ainda revelou que, oito meses antes da oficialização, já sabia que o Catar sediaria o Mundial de 2022. Em reunião com Valcke, Alon ficou sabendo que sua empresa não teria direitos sobre a venda de ingressos no país árabe. “Ele me disse: você negociou bem. Mas vocês não terão ingressos para 2022. Esse Mundial acontecerá no Catar”, declarou o empresário, admitindo que Valcke teria lhe dito que o Catar “deu tanto dinheiro que não poderia negar-lhes o Mundial”.

Conteúdo Patrocinado