Técnico pede homenagens a sírios e não apenas a vítimas na França - Gazeta Esportiva
Técnico pede homenagens a sírios e não apenas a vítimas na França

Técnico pede homenagens a sírios e não apenas a vítimas na França

Gazeta Esportiva

Por Redação

17/11/2015 às 20:45

São Paulo, SP

Treinador da Síria, Fajr Ibrahim pede comoção internacional também com seus compatriotas mortos (foto: AFP)
Treinador da Síria, Fajr Ibrahim pede comoção internacional também com seus compatriotas mortos (foto: AFP)


Os ataques terroristas a Paris que deixaram 129 mortos na última sexta-feira causaram grande impacto mundial, motivando homenagens em diversos níveis, incluindo um minuto de silêncio antes de partidas de futebol até do Campeonato Brasileiro (como Cruzeiro e Sport, no domingo). Mas o treinador da Síria, Fajr Ibrahim, mostrou-se chateado pela falta de tributos prestados às milhares de pessoas sírias que já morreram em decorrência de ações do grupo extremista Estado Islâmico, autodeclarados responsáveis pelos atentados à Cidade-Luz.

“Nós respeitamos 30 segundos (de silêncio) pelos franceses, mas tantas pessoas sírias foram mortas e ninguém esperou um segundo. Vocês precisam saber disso”, comentou o técnico, após vitória por 2 a 1 sobre Cingapura que deixou o país perto da classificação à terceira fase das eliminatórias asiáticas para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

A determinação de respeitar um minuto de silêncio antes das partidas do torneio, em homenagem às vítimas dos ataques em território francês, partiu do presidente da Confederação Asiática de Futebol, o sheik Salman bin Ebrahim Al Khalifa, que também é candidato ao cargo máximo da Fifa nas eleições marcadas para fevereiro de 2016.

O que causa estranheza ao treinador sírio, entretanto, é o fato de, segundo informações levantadas pela imprensa local e divulgadas pelo jornal Washington Post, o Estado Islâmico ter matado mais de mil pessoas na Síria até setembro, e mesmo assim a comoção internacional ter sido menor.

Assim, Fajr Ibrahim fez questão de dedicar o triunfo sobre Singapura aos sírios. “É uma vitória do povo da Síria, para fazê-lo feliz. É importante também para o presidente Assad”, disse, referindo-se ao mandatário do país, Bashar al-Assad, que faz campanha antiterrorismo, mas é acusado de também estar matando civis durante ataques ao Estado Islâmico e outros grupos.

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