Gazeta Esportiva

Prefeitura convoca empresas para privatizar gestão do Pacaembu

A construção de novas arenas na cidade de São Paulo faz a Prefeitura temer prejuízo com o Estádio do Pacaembu. O palco que recebeu jogos da Copa do Mundo de 1950 e foi casa do Corinthians durante décadas agora está encostado, o que faz o prefeito Fernando Haddad convocar empresas interessadas em assumir a gestão do local.

“Isso não pode ser uma decisão burocrática, tem de ser uma questão participativa, que respeite o bairro e a cidade”, garante o prefeito. “Vamos deixar os moradores, clubes e empreendedores se manifestarem e vamos levar ao conhecimento público e da Câmara quais as possibilidades e a sociedade quem vai decidir”, completa.

O objetivo da Secretaria Municipal de Esportes é privatizar a administração do estádio para que reformas estruturais sejam feitas no local. Os cofres públicos atualmente arcam com cerca de R$ 9 milhões por ano com a manutenção do Pacaembu, gasto que a Prefeitura visa sanar com a concessão. A expectativa é que o estádio seja renovado pela iniciativa privada por cerca de R$ 300 milhões.

O processo de concessão está em fase inicial, sendo que o período de gestão privada ainda não foi decidido. O primeiro passo é exatamente a convocação de empresas interessadas para uma conversa. As instituições interessadas têm até o próximo dia 9 de fevereiro para se manifestar. A partir daí serão dez dias para avaliação das inscrições e outros 90 para que os projetos das empresas escolhidas sejam apresentados.

Estádio construído em 1940 completa 75 anos em abril, quando o processo de concessão estará na fase final – Credito: Sergio Barzaghi/Gazeta Press
“Existe alguém na cidade que possa ser parceiro da Prefeitura, para que a gente possa transformar o Pacaembu em uma arena moderna que possa competir com as demais arenas da cidade e do país? Essa é a consulta, por isso o chamamento”, esclarece o secretário municipal de Esportes, Celso Jatene.

Museu segue sendo público – A concessão tem suas limitações, como a proibição de alterar o nome oficial do estádio. Além disso, a Prefeitura terá direito de realizar dez eventos por ano no local. Gerido pelo governo do estado, o Museu do Futebol será mantido como público.

O estádio está proibido de receber shows desde 2005, quando a associação Viva Pacaembu conseguiu uma liminar na Justiça que impede a realização de eventos não esportivos no local.

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