A audiência sobre os escândalos de corrupção na Fifa, que envolvem o ex-presidente da CBF José Maria Marin, ocorreu no início da tarde desta quarta-feira, em Nova York. Os advogados de defesa conquistaram uma vitória na luta contra a condenação dos seus clientes: evitaram que o juiz Raymond Dearie já determinasse a data do julgamento, prolongando o andamento do processo.
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A Procuradoria de Nova York havia sugerido o dia 30 de junho para mostrar ao juiz e aos acusados todas as provas do caso e em 27 de fevereiro de 2017 seria o início do julgamento. Os advogados dos réus, no entanto, alegaram para o juiz Dearie que não haveria tempo hábil para analisar todos os documentos – a defesa de Eduardo Li, ex-presidente da federação da Costa Rica, chegou a afirmar que havia entre 700 e 900 milhões de páginas para verificar.
Segundo o jornal venezuelano “Últimas Noticias”, diante disso, Dearie optou por não definir ainda a data oficial para o início do julgamento e decidiu marcar uma nova audiência para o dia 3 de agosto. Ainda não foi confirma se o juiz irá convocar os réus para a nova audiência. Além de Marin e Li, também compareceram Juan Angel Napout, ex-presidente da Conmebol; Brayan Jimenez e Rafael Esquivel, ex-presidentes das federações da Guatemala e da Venezuela, respectivamente; Aaron Davidson, ex-presidentre da Traffic nos EUA; Héctor Trujillo e Costas Takkas, ex-secretários-gerais da federação da Guatemala e da Conmebol.
José Maria Marin foi presidente da CBF de 2012 a 2015. Foi preso na Suíça no dia 27 de maio de 2015, acusado de fraude, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha e foi extraditado para os EUA no dia 3 de dezembro de 2015. Desde então, aguarda o seu julgamento em prisão domiciliar em seu apartamento na “Trump Tower”, um dos endereços mais caros de Manhattan.