O escândalo de doping envolvendo tanto o atletismo quanto o governo da Rússia segue repercutindo nos círculos de debate esportivo. Participando de reunião na capital Irlandesa de Dublim, nesta terça-feira, 19 líderes de agências nacionais antidoping chegaram à conclusão de que os russos deveriam ser banidos de toda e qualquer competição esportiva por tempo indeterminado.
Com o intuito de “ajudar o esporte a passar por esse tempo sombrio”, os defensores da proposta afirmam que o mundo precisava de um exemplo deste tipo e apontaram que a medida pode ser crucial no combate ao doping a longo prazo.
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Já sem o direito de sediar o Campeonato Mundial de Skeleton e Bobsleigh de 2017, a Rússia ainda poderia ficar sem a Copa do Mundo de 2018, caso os pedidos sejam atendidos.
A proposta divulgada nesta terça foi redigida e assinada pelas agências antidoping da África do Sul, Alemanha, Áustria, Bélgica, Canadá, Croácia, Dinamarca, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos da América, Estônia, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Japão, Polônia, Suécia e Suíça.
Apesar do pedido nada convencional, o grupo reforçou a importância e a legitimidade da Agência Mundial Antidoping (Wada), mas reiterou a necessidade de um “modelo antidoping verdadeiramente independente”.
De acordo com os relatórios da Wada, 1000 atletas integraram um esquema para ludibriar os sistemas antidopagem, o que deixou o atletismo russo de fora dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. O governo da Rússia nega o envolvimento em qualquer atividade ilícita dentro do esporte.