Após decisão da juíza Adriana de los Santos, especializada na divisão de crimes organizados, comunicada nesta quinta-feira, o ex-presidente da Conmebol, Eugenio Figueiredo, poderá cumprir prisão domiciliar em sua casa em Montevidéu.
Em tratamento de câncer, Eugenio Figueiredo foi submetido a uma operação de próstata na última semana e seu estado de saúde é delicado, de acordo com sua advogada, Karen Pintos.
Em entrevista ao jornal El Observador, a representante de Figueiredo nos assuntos jurídicos garantiu que é questão de dias para o ex-mandatário ser transportado do Hospital Britânico, onde está internado, até a casa onde cumprirá a pena.
Preso junto com outros seis dirigentes do futebol mundial, e envolvido no esquema de corrupção que já estabeleceu mais de 40 alvos, entre empresários, agentes de marketing e homens fortes do futebol mundial, Figueiredo chegou a permanecer sob custódia da Justiça suíça até dezembro, quando passou a ser alvo de processo nos Estados Unidos.
Acusado de fraude e lavagem de dinheiro, Figueiredo é suspeito de aceitar propina para facilitar a venda de direitos de transmissão de partidas do continente sul-americano às empresas de marketing.
Em fevereiro passado, ainda nos Estados Unidos, Figueiredo firmou um acordo de delação com a Justiça norte-americana para especificar bens adquiridos e outras receitas geradas, que somam US$ 10 milhões (cerca de R$ 45 mi) em patrimônio.