Em primeira entrevista, modelo reafirma versão de estupro de Neymar - Gazeta Esportiva
Em primeira entrevista, modelo reafirma versão de estupro de Neymar

Em primeira entrevista, modelo reafirma versão de estupro de Neymar

Gazeta Esportiva

Por Redação

05/06/2019 às 20:36 • Atualizado: 05/06/2019 às 22:21

São Paulo, SP

Em entrevista ao SBT nesta quarta-feira, Najila Mendes de Souza, a mulher que acusa Neymar de estupro, confirmou sua versão do caso. Segundo ela, a viagem a Paris e as despesas de hospedagem foram pagas pelo jogador, com o qual admitiu ter intenção de manter uma relação sexual. Quando encontrou o atleta no hotel onde estava hospedada, Neymar passou a se portar de uma forma agressiva e a desrespeitou, culminando no ato de estupro.


Confira aqui os principais trechos da entrevista:


"A gente conversou, eu conversei com ele como uma pessoa comum. Eu queria, era (com) intuito sexual, era um desejo meu. Acho que ficou até claro pra ele isso. Ele perguntou quando eu poderia ir e eu disse: 'no momento eu não posso, por questões financeiras'. Também por questão da minha agenda, meu trabalho, enfim. Daí ele sugeriu: 'eu posso resolver isso". Aí eu fui com a passagem, dele", afirmou a mulher, antes de contar com maiores detalhes como foi sua chegada a Paris.

"Eu vou para o hotel, ele me manda mensagem falando que ia para uma festa, mas que ia passar no hotel antes para me dar um beijo, para me cumprimentar antes de ir nessa festa. Eu tinha um desejo de ficar com Neymar. Quando eu chego lá, estava tudo bem, tudo legal, as mensagens, eu ia conseguir", narrou.




"Só que quando eu cheguei lá (pessoalmente), ele estava agressivo, totalmente diferente daquele cara que eu conheci nas mensagens. Até aí tudo bem, mas como eu tinha muita vontade de ficar com ele, falei o que? Vou tentar manejar. E a gente começou a trocar carícias, começou a ficar, se beijar, e daí ele me despiu. Até aí tudo bem. Só que depois ele começou a me bater. Eu falei assim: 'Nos primeiros (instantes) estava tudo certo', Mas depois começou a me machucar muito, e eu falei: 'Para. Está doendo'. E ele respondeu: 'Desculpa, linda'. E aí continuamos", disse.

"Estávamos deitados na cama, rolando e eu falei: 'Você trouxe preservativo? Porque eu não tenho'. E ele disse que não. Eu falei: 'Então não vai acontecer nada além disso, não podemos'. Ele não respondeu nada, e continuou, me virou, cometeu o ato e eu pedi para ele parar enquanto cometia o ato, mas ele continuava batendo na minha bunda violentamente. Depois eu girei, foi tudo muito rápido, questão de segundos, e me retirei. Foi o que aconteceu", declarou.




"(No momento), eu falei para ele parar. Mas ele não se comunicava muito, só agia", disse, contando o instante que a relação se tornou estupro. "A partir do momento que eu perguntei para ele se havia levado preservativo, ele falou que não. E eu falei que 'não podemos'. 'Vamos só trocar carícias, continuar aqui'. E ele concordou com o silêncio, eu entendi como concordância. Quando ele me virou, já foi cometendo o ato. Ele não entrou em um acordo comigo: 'Não, eu não trouxe (camisinha), mas eu to afim, eu quero'. Ele ficou calado, então para mim ele tinha entendido que não poderíamos ir além daquilo que já estávamos fazendo'", declarou.

"A partir do momento que ele me segurou violentamente me batendo, ele já estava me obrigando a ficar ali naquele lugar. Depois, quando eu saí da cama, no momento em que me levantei, fui para o banheiro...eu não acreditei. Foi uma decepção, fiquei estarrecida. Eu não consegui falar nada para ele. Não consegui xingar, chorar, falar nada, só fiquei em estado de choque. Depois ele levantou, foi para o banheiro, e, quando ele entrou por uma porta, eu saí por outra", disse.

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O motivo de continuar a trocar mensagens depois do suposto estupro

"Porque primeiro que eu tive que assimilar tudo, todo o acontecimento. Quando ele saiu do quarto, eu comecei a entender tudo o que tinha acontecido comigo, e como ele foi estúpido, como ele foi ruim, como ele me violou, me violentou, eu quis fazer justiça. Só porque eu estava afim de ficar com ele, ele não tinha o direito de fazer aquilo comigo. No primeiro momento, eu não consegui reagir devido aos traumas, e depois eu sabia que se eu não falasse com ele normalmente, fingindo que eu não tinha entendido o que aconteceu, ele não iria mais falar comigo. Eu não teria como provar o que ele fez comigo", declarou.




Tentativa de extorsão exposta pelo pai de Neymar

"Da minha parte não houve. Ele falou que ia fazer uma reunião com os advogados dele, que era para levar até eles o que estava acontecendo. Não (tinha expectativa de receber uma compensação financeira). Eu quero justiça, ele me fez muito mal. Estou traumatizada até hoje. Eu tenho consciência do que aconteceu, do que representa para mim, ele não precisava ter feito isso comigo. Nós iríamos ficar, eu ia voltar para casa e estava tudo certo", declarou, antes de confirmar que estava devendo mensalidades da faculdade, além de ter uma ação de despejo.

"Ação de despejo eu não estava sofrendo até meu nome vir a público. Eu tinha um acordo, deixei acumular, estava estudando e tranquei o colégio. É verdade que devo 4 mil reais. Eu acho que teria uma forma mais fácil e rápida do que todo esse auê. Tenho muitos trabalhos, coisas para fazer, eu não ia me expor dessa forma para arrancar dinheiro do Neymar. Eu não preciso disso", finalizou.

Veja toda a conversa entre Neymar e Najila: 




 

 

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