Beckenbauer admite erro, porém nega compra de votos na Copa de 2006 - Gazeta Esportiva
Beckenbauer admite erro, porém nega compra de votos na Copa de 2006

Beckenbauer admite erro, porém nega compra de votos na Copa de 2006

Gazeta Esportiva

Por Redação

26/10/2015 às 19:09 • Atualizado: 26/10/2015 às 19:48

São Paulo, SP

Após divulgar comunicado, Beckenbauer garante que não falará mais sobre o assunto (foto: Pascal Pavani/AFP)
Após divulgar comunicado, Beckenbauer garante que não falará mais sobre o assunto (foto: Pascal Pavani/AFP)


 

Franz Beckenbauer reconheceu, em comunicado divulgado nesta segunda-feira, que houve “um erro” no processo que garantiu à Alemanha o direito de sediar a Copa do Mundo de 2006, vencida pela Itália. Ao mesmo tempo, porém, o Kaiser garantiu que não houve compra de votos para a escolha da Alemanha como país-sede do Mundial.


"Para obter uma subvenção da Fifa, aceitamos uma proposta da Comissão de Finanças da entidade em que as partes envolvidas deveriam ter negado. Tenho a responsabilidade deste erro como presidente do Comitê de Organização na época. Entretanto, não foram comprados votos para obter a sede da Copa do Mundo de 2006”, pontuou.


O escândalo acerca do último Mundial realizado em terras germânicas tem sido notícia no país há pelo menos dez dias. Em matéria publicada na semana passada, a revista alemã Der Spiegel acusou a Alemanha de ter comprado votos para ser eleita sede da Copa de 2006. Segundo a publicação, o Comitê de Candidatura alemão criou um fundo que serviu justamente para comprar tais votos.


A Federação Alemã de Futebol (DFB) rechaçou as acusações, no entanto reconheceu que houve um pagamento de 6,7 milhões de euros (cerca de R$ 29 milhões em valores atuais) à Fifa. De acordo com o presidente da DFB, Wolfgang Niersbach, Blatter e Beckenbauer se reuniram, em janeiro de 2002, e o mandatário da Fifa sinalizou com uma possível subvenção de 170 milhões de euros (cerca de R$ 731 milhões em valores atuais)  para ajudar a Alemanha a organizar a Copa do Mundo de 2006.


Ainda segundo Niersbach, a Comissão de Finanças da Fifa pediu 6,7 milhões de euros para liberar a subvenção. A soma foi paga pelo então presidente da Adidas, Robert Louis Dreyfus, falecido em 2009. O comandante da DFB fez questão de ressaltar que não houve a prática de caixa dois e que subornos não foram pagos.


O jornal alemão Bild, revelou que o então recém-criado Comitê Organizador da Alemanha, não tinha recursos para realizar o pagamento e, por isso, Dreyfus foi o encarregado de pagar, recebendo posteriormente a devolução, por meio de uma conta da Fifa.


Beckenbauer denunciou o comportamento "às vezes inclassificável" de algumas pessoas envolvidas no caso e garantiu que não falará mais sobre o assunto.

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