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Após prisão de presidente, Conmebol promete colaborar com investigações

Juan Ángel Napout foi o terceiro presidente ou ex-presidente da Conmebol preso em 2015 (foto: AFP)
Juan Ángel Napout foi o terceiro presidente ou ex-presidente da Conmebol preso em 2015 (foto: AFP)

Esta quinta-feira, 3 de dezembro de 2015, foi mais um dia de destaque nos bastidores do futebol mundial. A exemplo do que havia acontecido no fim de maio, com sete prisões incluindo o ex-presidente da CBF José Maria Marin, mas dois cartolas foram encarcerados em Zurique, na Suíça. Sendo um deles o mandatário da Conmebol, o paraguaio Juan Ángel Napout, a entidade prometeu cooperação total nas investigações.

“A Confederação Sul-Americana de Futebol está ciente dos ocorridos de hoje em Zurique […] e continuará cooperando permanentemente com a investigação das autoridades, e seguirá aprofundando as reformas que vêm se realizando para total transparência e fortalecimento institucional”, diz comunicado oficial da entidade.

Napout foi preso ao lado do presidente da Concacaf (Confederação das Américas do Norte e Cariba), Alfredo Hawit, sob acusação de receber milhões de dólares em subornos durante suas administrações.

A prisão do paraguaio escancara uma crise institucional na Conmebol pois seus dois antecessores também foram presos recentemente. Eugenio Figueredo ocupava o cargo máximo da entidade até ser encarcerado na primeira operação do FBI em parceria com a polícia suíça, enquanto Nicolás Leoz, mandatário anterior, teve seu nome citado nas investigações e foi condenado a prisão domiciliar em Assunção, no Paraguai.

E a situação ainda se agravou mais tarde nesta quinta-feira, quando o Departamento de Justiça dos Estados Unidos divulgou lista com 16 nomes de dirigentes indiciados por atividades ilegais. Entre os acusados de corrupção estão cinco nomes ligados diretamente à Conmebol: Carlos Chávez (tesoureiro), José Luís Meiszner (secretário-geral), Luis Bedoya (vice-presidente), Sergio Jadue (vice-presidente) e Eduardo Deluca (ex-secretário geral).

O presidente da Federação Equatoriana, Luís Chiriboga, também foi acusado, assim como Marco Polo del Nero e Ricardo Teixeira, presidente licenciado e ex-presidente da CBF, respectivamente.

Confira o comunicado da Conmebol na íntegra

A Confederação Sul-Americana de Futebol está ciente dos ocorridos hoje em Zurique, vinculados a seu presidente Juan Ángel Napout, no âmbito das investigações das autoridades dos Estados Unidos da América a dirigentes da Fifa.

A Conmebol continuará cooperando permanentemente com a investigação das autoridades, e seguirá aprofundando as reformas administrativas que vêm se dando na Confederação para sua total transparência e fortalecimento institucional. 

Por respeito ao processo legal aberto, a Conmebol não poderá dar outras declarações sobre o tema neste momento.

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