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Anistia Internacional denuncia aumento da violência e homicídios pelos policiais no Rio

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Publicado em 27/04/2016 09:32:22 Compartilhe
São Paulo , SP
(Foto: Divulgação/Anistia.org)
(Foto: Divulgação/Anistia.org.br)

Após um levantamento sobre as mortes relacionadas à obras dos Jogos Olímpicos de 2016, mais uma denúncia abala o cenário olímpico no Rio de Janeiro. Desta vez entra em campo a violência policial. Nesta quarta-feira, a Anistia Internacional (AI), organização de defesa dos direitos humanos, denunciou um aumento de 10% nos homicídios cometidos por policiais na sede dos Jogos.

“Moradores de diversas favelas no Rio de Janeiro vivem momentos de tensão após pelo menos 11 pessoas serem mortas pela polícia desde o início de abril”, denunciou a Anistia em seu site.

“Não é possível relacionar diretamente o aumento dos homicídios cometidos por policiais com os preparativos para os Jogos Olímpicos. No entanto, as estatísticas revelam um claro padrão de uso desnecessário e excessivo da força, violência e impunidade que colocam em xeque as instituições responsáveis pela segurança pública”, acusou a organização.

Em 2014, 580 pessoas morreram em incursões da polícia no estado do Rio de Janeiro, 40% a mais que em 2013. E o número voltou a crescer em 2015, indo para 645 vítimas – majoritariamente jovens, negros e moradores de favelas e da periferia.

“Apesar da promessa de legado de uma cidade segura para sediar os Jogos Olímpicos, as mortes decorrentes de operações policiais tem crescido progressivamente nos últimos anos no Rio. E também assistimos, durante a repressão aos protestos, pessoas gravemente feridas por balas de borracha, bombas de efeito moral e até mesmo armas de fogo usadas pelas forças policiais”, afirmou o diretor-executivo da AI, Atila Roque.

“Até o momento, a maior parte dos homicídios cometidos pela polícia não foi sequer investigada, a regulamentação de armas menos letais e o treinamento dos agentes não foram implementados e as autoridades ainda tratam manifestantes como inimigos públicos. Nossa expectativa é que as forças policiais do Rio de Janeiro abordem as questões de segurança pública de forma preventiva, preservando o direito à vida”, acrescentou Roque.

 

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