“Dorival é o Pep Guardiola do Brasil. Se espelha muito no Bayern. Sempre assiste. Falar mal do Pep é falar mal do filho dele (filho do Dorival). Fez estágio, ficou um mês lá e trouxe isso. Tem paciência com os moleques, dá oportunidade para o Ronaldo, Vitor Bueno, Zeca, Gustavo, para mim. Espero que ele fique aqui por muito tempo. Combina com o Santos”, conta Thiago Maia, aos risos por entregar uma brincadeira interna.
“Ele dá risada. Brinca também. Os trabalhos feitos lá nós fazemos aqui. Fazíamos o gol, queríamos fazer outro, e acabava tomando. Ganhando de 3 a 0, 4 a 0, e com menos posse de bola. A gente corria muito. Agora corremos menos, dosamos, fazemos o adversário cansar. Isso mudou bastante”, explica Zeca, outro que virou titular absoluto nas mãos do comandante santista.
Nesta quarta-feira, mais uma vez o trabalho no CT Rei Pelé foi fechado à imprensa. Mas, os atletas passam tranquilidade aos torcedores de que a preparação para buscar o título do Campeonato Paulista no domingo está sendo feito da melhor maneira possível.
“Foram estudar, aprender. Estudaram o futebol de lá. Trouxe a filosofia e está dando muito certo no Santos. Não se falava muito de linhas, de sair, toque de bola... era mais para frente. O Santos joga assim, encaixado em linhas, para não ser surpreendido”, disse Zeca, antes de ser acompanhado por Thiago Maia. “Dorival até amanhã vai passar isso para a gente. Ele estuda bastante as equipes. Certeza que já pegou vídeos do Audax para estudar depois do primeiro jogo”.
A preocupação do grupo do Santos é com a forma de jogo do adversário. Apesar de todo favoritismo e da pressão por ganhar o título em cima de uma equipe pequena da Grande São Paulo, o alvinegro praiano percebeu no último domingo as dificuldades que pode encontrar e colocar o planejamento em risco.
“Equipe do Audax é muito chata. Joga o jogo da Europa. Treinador qualificado. Fazemos o máximo para parar os caras. Veem surpreendendo a gente, saíram com mais posse de bola”, resmungou Thiago Maia, sem deixar de manter a confiança. “A gente joga na Vila com essa atenção. Jogar na Vila é difícil. Apoio da torcida, aproveitamento inexplicável. É vantagem para a gente. A gente vem de vitórias na Vila desde o ano passado. Isso favorece”, concluiu o volante.