Iaaf investiga carta que admite uso de doping por recordista mundial chinesa - Gazeta Esportiva
Iaaf investiga carta que admite uso de doping por recordista mundial chinesa

Iaaf investiga carta que admite uso de doping por recordista mundial chinesa

Gazeta Esportiva

Por Redação

05/02/2016 às 17:15

São Paulo, SP

(Foto: AFP)
Se comprovada a veracidade, Wang Junxia pode perder seus recordes mundiais (Foto: AFP)


Em meio a inúmeros escândalos envolvendo casos de doping, a IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo), está investigando a veracidade de uma carta escrita há cerca de 20 anos e publicada na China. O conteúdo do texto contém denúncias a um possível uso de doping por atletas chineses na década de 90 e contesta recordes estabelecidos pela corredora de longa distância Wang Junxia em 1993.

Segundo a mídia estatal chinesa, Wang teria escrito uma carta onde admitia ter sido uma participante de um programa do governo chinês de doping. De acordo com a publicação, a carta foi assinada pela atleta e outros nove, antes treinados pelo controverso Ma Junren.

"É  verdade que Ma tinha batido e nos atacado verbalmente por muitos anos. Além disso, o treinador também nos persuadiu e nos forçou a usar altas doses de substâncias proibidas à época", diz a carta, escrita em 28 de março de 1995.

Com a divulgação da carta, a IAAF lançou um comunicado nesta sexta-feira, afirmando que não sabia da existência da publicação. A entidade afirmou que agora está investigando a carta, e que se for provado que algum atleta fez uso de doping, ele perderá seus títulos - o que inclui os recordes mundiais de Wang, nos 3.000 e 10.000 metros.

"A primeira ação da IAAF deverá ser a verificação da veracidade da carta. Para isso, a associação pediu para que a Associação Chinesa de Atletismo participe deste processo. De qualquer maneira, a regra 263.3 do Regulamento de Competições da IAAF é claro ao afirmar que se qualquer um admitir a culpa, a entidade pode intervir", disse a entidade, em comunicado.

"Se um atleta admitiu que, em algum momento anterior a conquista de recordes mundiais, ele usou ou se aproveitou de uma substância ou técnica proibida na época, estará sujeito a Comissão Médica e de Antidoping, e assim o recorde não continuará sendo considerado como mundial pela IAAF", finalizou.

 


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